O serviço de meteorologia da Emparn prevê a continuidade
das chuvas em todas as regiões do Estado até o dia 25, inclusive em Natal,
devido à influência de um vórtice ciclônico de ar superior que está atuando no
Oceano Atlântico.
Ontem, permaneceu chovendo em alguns municípios do semiárido do Rio Grande do
Norte. A Emparn registrou chuvas em 37 municípios entre a manhã de ontem as 7h
desta sexta-feira (20). Boa parte dos municípios com incidência de chuvas está
na região oeste potiguar, onde também ocorreram as maiores precipitações.
As maiores chuva registrada foi em São Francisco do Oeste (136mm), Frutuoso
Gomes (110mm), Serrinha dos Pintos (85mm) e Portalegre (72,5mm), todos na
mesorregião Oeste. Na região Central, choveu 69mm em Florânia e 68mm em
Fernando Pedroza.
As chuvas das últimas horas não têm relação com a estação chuvosa para o
semiárido, de acordo com o serviço de meteorologia da Emparn. Em reunião dos
meteorologistas nessa quinta-feira em Capina Grande (PB), os especialistas
fizeram a primeira discussão conjunta dos dados disponíveis, de uma série de
outras reuniões até o primeiro bimestre de 2014, e antecipam que há indicadores
favoráveis à uma boa estação chuvosa no semiárido do Nordeste no próximo ano.
O consenso é preliminar, mas já é visto com boa
expectativa pelos técnicos. O chefe do serviço de meteorologia da Empresa de
Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Gilmar Bristot, afirma
que ainda há muitas dúvidas, mas já é possível observar que os próximos três
meses terão condições próximas da normalidade.
Bristot pondera que só haverá uma reposta exata quando forem fechados e
analisados os dados de referência de dezembro. “Observo que 2014 será diferente
de 2012 e 2013. A situação será melhor. O grupo de pesquisadores ficou bastante
animado com relação à temperatura dos oceanos, bem melhor do que em 2012 e
2013. O vento do sudeste está mais fraco e é fator fundamental para boas
chuvas”, analisa Gilmar Bristot, em entrevista nessa quinta-feira.
Mesmo diante das boas expectativas, o serviço de meteorologia avalia como
necessária mais uma prorrogação no estado de emergência em função da seca, por
parte do Governo do Estado.
“Se puder, a prorrogação deve ser feita, porque as chuvas não vão resolver o
problema da falta de água e alimentação para o gado de uma hora para outra. Não
é indicado parar a situação de emergência”, enfatiza o meteorologista.
Especialmente porque o quadro atual indica um cenário otimista, mas ainda não
dá para saber se será um ano de chuvas. As próximas reuniões estão previstas
para janeiro, em Fortaleza e fevereiro, em Natal.