Esta edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem
44% das vagas destinadas a ações afirmativas. Das 171 mil vagas ofertadas pelo
programa, 37,4% são destinadas à Lei Federal de Cotas – que prevê que este ano
pelo menos 25% das vagas devem ser preenchidas por estudantes que cursaram o
ensino médio em escolas públicas. Além disso, 6,5% são para ações afirmativas
próprias das instituições.
De acordo com a Lei de Cotas, a reserva de vagas para
estudantes de escolas públicas deve ser pelo menos 25% em 2014 e chegar ao
percentual de 50% em 2016. Dados do Ministério da Educação mostram que 61
universidades e institutos federais que participam do Sisu já atingiram a meta
prevista para 2016.
“As universidades estão se antecipando e chegaremos mais
cedo à meta de 50% de todas as vagas em todos os cursos federais serem
ofertadas predominantemente aos estudantes da escola pública que são 88% dos
estudantes do país”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Das vagas reservadas pelas instituições para estudantes
que cursaram o ensino médio em escolas públicas, metade é destinada àqueles com
renda familiar bruta mensal por pessoa de até um salário mínimo e meio. O
preenchimento das vagas leva em conta ainda critérios de cor ou raça, ou seja,
um percentual das vagas são reservadas para estudantes autodeclarados pretos,
pardos ou indígenas.
As inscrições no Sisu foram abertas na madrugada de hoje
(6) e vão até o próximo dia 10. Na primeira edição de 2014, o Sisu oferta
171.401 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições públicas de educação
superior.
Durante a entrevista coletiva a jornalistas para divulgar
dados do Sisu, Mercadante foi questionado sobre sua eventual saída do
Ministério da Educação para ocupar a Casa Civil e respondeu que “tudo o que se
tem sido dito sobre isso é pura especulação". Segundo ele, esse é um tema
exclusivo da presidenta da República”.
Em dezembro, a presidenta Dilma Rousseff declarou que irá
fazer uma reforma ministerial entre o final de janeiro e o início de março.
Também em dezembro, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, informou que
pretende deixar a pasta.
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