Criado no ano passado sob a liderança de um até então
desconhecido ex-vereador do interior de Goiás, o 31º partido político do país
se prepara para ingressar no ministério de Dilma Rousseff com objetivos bem
claros em mente. Quem os lista é Eurípedes Júnior, 38, o ex-vereador que
preside o Pros (Partido Republicano da Ordem Social). Ele defende o nome do ex-ministro Ciro Gomes para a
Integração Nacional com a missão inicial de tirar o partido do anonimato.
"A princípio ele não está querendo porque a vinda
para o Pros não foi por cargos. Mas nós do partido estamos insistindo com ele
porque entendemos que um ex-candidato a presidente da República, ex-ministro,
daria uma visibilidade melhor para o partido." O problema é que Ciro já negou a sondagem -publicamente e
em conversa com a própria Dilma. Mas Eurípedes diz que insistirá. "Ele estaria nos
ajudando com essa visibilidade na questão das candidaturas a deputado federal e
a governadores." O Partido pretende lançar cinco candidatos aos governos
estaduais (TO, AM, RJ, PB e CE).
A "visibilidade" que agora busca para seu
partido Eurípedes sentiu na pele em setembro quando de uma hora pra outra se
tornou uma "celebridade" do mundo político ao, em uma só tacada, dar
guarida a 18 deputados federais e um governador de Estado, Cid Gomes (CE). Aliados de Dilma Rousseff (PT), os irmãos Gomes
abandonaram o PSB no ano passado após o partido decidir lançar Eduardo Campos à
Presidência. A assessoria de Ciro diz que ele está "100% focado
no governo do Ceará" e que não tem interesse em assumir uma vaga na
Esplanada. Com a resistência, a expectativa é que a Integração
permaneça sob o cuidado de Francisco Teixeira, técnico indicado por Cid.
Isso desagrada duplamente integrantes do Pros: além de
não conseguirem um ministro de "renome", eles reclamam nos bastidores
de que, com 18 deputados na Câmara, mereciam pelo menos uma Secretaria dos
Portos.
Mas em reunião na terça-feira como Ideli Salvatti
(Relações Institucionais) a ministra jogou água fria nessa busca por mais
visibilidade. Disse que, por ora, a pasta está reservada para o PMDB.
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