A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem (18) uma operação
para desarticular uma organização criminosa acusada de desviar cerca de R$ 73
milhões da Caixa Econômica Federal (Caixa) e prender cinco pessoas suspeitas de
participar do esquema. Denunciada pelo próprio banco estatal, a fraude
milionária ocorreu no final de 2013 e é tratada como a maior já sofrida pela
instituição.
Apesar de a Justiça ter expedido cinco mandados de prisão
preventiva e um de condução coercitiva, ninguém foi detido até o momento. Ao
todo, 65 policiais federais do Tocantins, de Goiás, do Maranhão e de São Paulo
participam da Operação Éskhara, mas encontram dificuldades para localizar os
procurados. Os mandados de prisão preventiva e de condução coercitiva, além de
dez mandados de busca e apreensão, devem ser cumpridos em Goiás, no Maranhão e
em São Paulo. Neste exato momento, policiais federais tentam interceptar um dos
principais alvos da operação, identificado em uma rodovia. A operação conta com
o apoio do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a PF, a quadrilha usou documentos falsos para
abrir uma conta-corrente em uma agência da Caixa de Tocantinópolis (TO). Pouco
tempo depois, cerca de R$ 73 milhões foram depositados nessa conta. Desviado do
banco estatal, o dinheiro foi depositado como sendo o pagamento de um prêmio da
mega sena que nunca existiu. Por fim, o montante foi transferido para várias
contas.
Em nota, a PF informou já ter recuperado aproximadamente
70% do total desviado. Durante as investigações, as agentes prenderam o ex-gerente-geral
da agência da Caixa em Tocantinópolis. As investigações ainda não foram
encerradas. Ainda de acordo com a PF, um suplente de deputado federal do
Maranhão, cujo nome não foi revelado, pode estar envolvido no esquema. Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato,
receptação majorada e formação de quadrilha, cujas penas somadas, caso
condenados, podem chegar a 29 anos de reclusão.
Em nota, a Caixa informou apenas que acionou a PF logo
após ter constatado a fraude e que continua acompanhando o caso e colaborando
com as investigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário