O
governo federal se prepara para uma Copa do Mundo com protestos menores e mais
violentos do que os que ocorreram durante a Copa das Confederações no ano
passado, disse o chefe da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes
Eventos (Sesge), Andrei Augusto Passos Rodrigues.
Policial federal, Rodrigues trabalhou na coordenação da segurança
de Dilma na campanha eleitoral de 2010.
O governo não pretende interferir no direito dos cidadãos de
organizar e participar de manifestações, segundo ele, mas não vai tolerar atos
de violência como os que têm acontecido nos protestos recentes.
Rodrigues, que chefia os esforços do governo para coordenar órgãos
federais e estaduais de segurança e de outras áreas essenciais para realização
da Copa do Mundo, diz que a Sesge trabalha com esse cenário mais violento, um
novo perfil de protestos que acaba afastando as pessoas que têm o objetivo de
se manifestar pacificamente.
“Naquelas manifestações de junho (de 2013) o desenho era de uma
grande multidão, pacífica, ordeira e ao final pequenos grupos que não sei por
quais razões cometiam atos de barbárie e vandalismo”, disse Rodrigues à
Reuters.
“Hoje já houve uma mudança desse cenário. O que nós percebemos
agora nas últimas manifestações é um grupo reduzidíssimo de manifestantes e, se
não a totalidade, a intensa maioria desse grupo violento.”
Até o início da Copa do Mundo, a previsão é que o país invista
mais de 1,1 bilhão de reais com treinamento, construção de centros integrados
de controle e compra de equipamentos com a segurança pública.
Na contramão das críticas sobre atrasos e desembolsos para
estádios, Rodrigues argumenta que na sua área todos os investimentos estão
dentro do prazo e que “na segurança não tem elefante branco”, porque todas as
instalações e equipamentos continuarão sendo usados quando o torneio terminar,
em 13 de julho.
A Copa começa no dia 12 de junho, com a partida entre Brasil e
Croácia, em São Paulo.
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