Ela foi criada no século XIX para atender a uma
necessidade militar básica: conservar alimentos para exércitos em campanha. O
processo que evita que a comida estrague, preservando-a em recipientes fechados
e esterilizados por aquecimento, começou a ser desenvolvido na França pelo
cozinheiro Nicolas Appert, em 1795.
Sua maior motivação foi a recompensa
oferecida pelo governo francês a quem desenvolvesse um método que impedisse a
deterioração do alimentos para consumo das tropas do país. Appert usou jarros de
vidro tampados com rolhas e selados com cera, mantidos em água fervente para
preservar, entre outras coisas, sopas, sucos, laticínios e doces.
O resultado
dessa experiência foi publicado num livro que chegou às mãos do comerciante
inglês Peter Durand. Em 1810, Durand patenteou o uso de recipientes revestidos
com estanho, a futura lata, além dos vasilhames de vidro empregados por Appert.
Em 1815, os soldados franceses e britânicos já se alimentavam com enlatados.
Em 1830, esses produtos deixaram de ser, na Europa,
exclusividade militar, mas a procura por sopas, sardinhas, ervilhas e tomates
vendidos no novo tipo de embalagem era fraca por causa do preço alto.
Mesmo
assim, a novidade chegou aos Estados Unidos, onde, em 1926, a companhia texana
Hormel lançou um produto que faria muito sucesso: a presuntada em lata da
famosa marca Spam (cujo nome - abreviação de spiced ham, "presunto
picante" - curiosamente virou sinônimo de e-mail indesejado!).
A partir da
década de 30, os enlatados se tornaram populares em todo o planeta e hoje cerca
de 200 bilhões de latas de comida são produzidas anualmente.
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