Dados recém-apurados mostram que, em metade dos Estados e
no Distrito Federal, as receitas de 2013 foram insuficientes para cobrir os
gastos com pessoal, custeio administrativo e investimentos.
A incidência de contas no vermelho cresce de forma
inédita desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi aprovada, em 2000, com o objetivo
principal de disciplinar as finanças estaduais.
Da atual safra de governadores, só 2 haviam terminado o
primeiro ano do atual mandato com deficit fiscal; o número saltou para 8 em
2012 e 14 em 2013, segundo levantamento feito pela Folha.A rápida deterioração
resulta de uma estratégia adotada nos últimos dois anos pelo governo Dilma
Rousseff para elevar os investimentos em infraestrutura.
A União autorizou os Estados a ampliar seu endividamento
para financiar obras em transporte, saneamento, urbanismo e habitação –e o
BNDES, banco federal de fomento, elevou o crédito para os governos regionais.
Os investimentos, de fato, cresceram: em valores aproximados (ainda não há
números fechados para todos os Estados), de R$ 36 bilhões, em 2011, para R$ 55
bilhões no ano passado.
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