O torcedor do América de Natal, Al Unser Ayslan Silva do
Nascimento, 21, vai a julgamento, na tarde desta terça-feira (25), no Fórum de Maceió, pelo
assassinato do torcedor do CRB Jônatas Daniel dos Santos, 24, em agosto de
2012. Ele será levado a júri popular e o julgamento começa a partir das 13h.
Al Unser é acusado de ter matatado Jônatas Daniel durante
confronto entre torcedores após o jogo entre os dois clubes pelo Campeonato
Brasileiro da Série B, que aconteceu no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O acusado
foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por homicídio duplamente qualificado,
por motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima.
Segundo o promotor do caso, Flávio Costa, o réu confessou
o crime para a polícia, porém na fase da justiça, o acusado disse que só
confessou porque foi torturado. O Ministério Público investigou as denúncias de
tortura e nada foi comprovado. Para Flávio Costa, o julgamento será emblemático
devido o cenário do crime, que aconteceu durante um momento de lazer após uma
partida de futebol.
"O júri no momento envolve torcidas e futebol. Vamos ver como a sociedade
vai se comportar com esse tipo de crime", disse Costa.
O caso
Segundo as investigações, o acusado, integrante da torcida organizada Máfia
Vermelha, do América do RN, teria efetuado o disparo, usado um revólver calibre
38, apreendido no interior do ônibus que trouxe os torcedores de Natal para Maceió. Santos foi baleado em
frente ao estádio Rei Pelé, no bairro do Trapiche.
A vítima ainda chegou a ser socorrida por uma equipe do
Serviço de Atendimento Móvel Urgência (SAMU) e levada para o Hospital Geral do
Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
O acusado foi detido logo após o crime. À época, o
torcedor afirmou ter sido torturado por policiais da Delegacia de Homicídios e
funcionários do Sistema Prisional para confessar que foi ele quem matou o
torcedor do CRB. Após investigações, o
Ministério Público concluiu que três servidores do Sistema Prisional foram os
responsáveis por torturar o torcedor do América. Al Unser está preso em Alagoas desde agosto de 2012,
esperando pelo julgamento.
G1RN
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