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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

JUSTIÇA - Torcedor do América de Natal vai a julgamento por homicídio em Maceió

O torcedor do América de Natal, Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, 21, vai a julgamento, na tarde desta terça-feira (25), no Fórum de Maceió, pelo assassinato do torcedor do CRB Jônatas Daniel dos Santos, 24, em agosto de 2012. Ele será levado a júri popular e o julgamento começa a partir das 13h.

Al Unser é acusado de ter matatado Jônatas Daniel durante confronto entre torcedores após o jogo entre os dois clubes pelo Campeonato Brasileiro da Série B, que aconteceu no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O acusado foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima.

Segundo o promotor do caso, Flávio Costa, o réu confessou o crime para a polícia, porém na fase da justiça, o acusado disse que só confessou porque foi torturado. O Ministério Público investigou as denúncias de tortura e nada foi comprovado. Para Flávio Costa, o julgamento será emblemático devido o cenário do crime, que aconteceu durante um momento de lazer após uma partida de futebol.

"O júri no momento envolve torcidas e futebol. Vamos ver como a sociedade vai se comportar com esse tipo de crime", disse Costa.


O caso
Segundo as investigações, o acusado, integrante da torcida organizada Máfia Vermelha, do América do RN, teria efetuado o disparo, usado um revólver calibre 38, apreendido no interior do ônibus que trouxe os torcedores de Natal para Maceió. Santos foi baleado em frente ao estádio Rei Pelé, no bairro do Trapiche.


A vítima ainda chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel Urgência (SAMU) e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

O acusado foi detido logo após o crime. À época, o torcedor afirmou ter sido torturado por policiais da Delegacia de Homicídios e funcionários do Sistema Prisional para confessar que foi ele quem matou o torcedor do CRB. Após investigações, o Ministério Público concluiu que três servidores do Sistema Prisional foram os responsáveis por torturar o torcedor do América. Al Unser está preso em Alagoas desde agosto de 2012, esperando pelo julgamento.
G1RN


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