O astrônomo Jair Barroso, pesquisador do Observatório
Nacional, explica que o evento vai começar às 3h, horário de Brasília, quando a
Lua já está no lado poente. “O pico do eclipse total acontece por volta das
4h45 e o final [do fenômenos] não vai ser visto em algumas regiões a Leste,
porque o dia vai clarear, como no Rio de Janeiro”, diz Barroso.
A duração do eclipse total, enquanto a Lua ficar
totalmente imersa na sombra da Terra, será de 78 minutos.
O nosso satélite natural estará entre a estrela Espiga, a
mais brilhante da Constelação de Virgem, e o planeta Marte e apresentará uma
tonalidade avermelhada. “Os raios do Sol que atingem a atmosfera da Terra serão
refratados e atingirão a Lua. A atmosfera, então, retém o azul violeta no nosso
espectro e passa a iluminar a Lua com uma coloração alaranjada escura”, explica
o astrônomo do Observatório Nacional. O fenômeno é chamado de Lua Vermelha ou
Lua Sangrenta.
As pessoas nas localidades mais a Oeste do continente,
como os estados de Mato Grosso e Amazonas e o Chile poderão acompanhar o
eclipse até o final, antes de clarear o dia. As ilhas do Pacífico e a Austrália
também terão uma visão privilegiada do fenômeno.
Para Barroso, o desconhecimento sobre o universo é o que
desperta essa fascinação pelos eventos astronômicos. “Apesar de toda
tecnologia, de termos conseguido mandar naves para o espaço, conhecemos apenas
um pedacinho do que nos cerca. Somos muito pequenos e a astronomia nos permite,
a cada dia, uma descoberta nova”, conclui o astrônomo.
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