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terça-feira, 29 de abril de 2014

ELEIÇÕES - Pré-candidato a presidente, Eduardo Campos, promete inflação de 4,5% ao ano

Em discurso a empresários, na capital paulista, o pré-candidato do PSB à sucessão presidencial, Eduardo Campos, disse ontem que é possível reduzir a inflação até o centro da meta oficial, de 4,5% ao ano, até 2018. Segundo ele, há espaço também para que, no mesmo período, o PIB (Produto Interno Bruto) cresça a 4% ao ano.

Na avaliação dele, para serem alcançados os dois patamares, é necessário a retomada a credibilidade do governo na área econômica e assegurado o cumprimento efetivo do tripé macroeconômico (câmbio flutuante, superávit primário e metas de inflação).

"Precisamos ter um compromisso muito claro com metas de inflação, que não podem ser as atuais. E olharmos no longo prazo, para chegarmos até 2018 com a inflação no centro [da meta], em 4%, com crescimento que deve estar em torno dos 4% e seguirmos um processo que pode ter espaço para redução de carga tributária", afirmou.

A inflação fechou o mês de março em 6,15% acumulada nos últimos doze meses. O patamar é próximo ao teto da meta oficial, que é de 6,5%.

"Nós queremos ter metas muito claras e comprometidas com o sistema de tripé. Ter metas de inflação para serem batidas, não para que o teto da meta vire o centro da meta", criticou.

O dirigente do PSB participou, ao lado da ex-senadora Marina Silva, de almoço promovido pelo Lide - Grupo de Lideres Empresariais. No evento, prometeu, caso seja eleito, apresentar, em modelo fatiado, proposta de reforma tributária para o país.

Na política externa, defendeu que o país busque acordos bilaterais, e não fique "preso" ao Mercosul.
"Nós estamos há dez anos presos no Mercosul, em um debate com a União Europeia. O Brasil não pode prescindir de uma revisão de sua política externa no que diz respeito a ir buscar as parcerias bilaterais que possam alavancar as nossas exportações, sobretudo com valor agregado".

O dirigente do PSB voltou a atacar o governo federal e a base aliada. Segundo ele, que disse no final de semana que mandará o senador José Sarney (PMDB-AP) para a oposição, "é possível governar o Brasil sem eles".

"Com todo o respeito aos que estão no governo hoje, é preciso que se diga: não dá para ter mais quatro anos dessa mesma forma de governança", criticou. Para combater a corrupção, defendeu que agências reguladoras sejam dirigidas por profissionais capacitados, e não por indicados políticos.

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