População faz manifesto contra a Potiporã que está prejudicando a saúde da população
Restos do camarão ficaram na pista na Avenida Domingos Praxedes, exalando uma fedentina terrível
Os moradores de pelo menos três bairros do município (Pendências do Meio, Massapê e Pendências de Cima), denunciam crime ambiental praticado pela empresa Potiporã que é responsável pelo beneficiamento de pescado (camarão) na cidade e faz parte do Grupo Queiroz Galvão. A empresa que emprega um bom número de pessoas, faz sua faz quando o assunto é contratar pessoas da cidade, mas está sendo denunciada por mais de 400 pessoas, em virtude do mau cheiro exalado de uma lagoa próximas a essas residências.
Ontem, 27, um caminhão que transportava restos dos camarões (cabeça e casca) que seriam levados para as fazendas do grupo, terminou caindo do caminhão e se espalhando pela Avenida Domingos Praxedes. Indignados, a população recolheu o que tinha caído e foi deixar na portaria da empresa, alguns mais exaltados, espalhou os restos nos vidros da portaria da empresa. A ação foi acompanhada de perto pelos seguranças da empresa, mas não revidaram a ação da população.
Não é de hoje que a população reclama da empresa. Há anos que a população reclama do mau cheiro insuportável que vem de uma lagoa onde são jogados líquidos, restantes da operação do beneficiamento do pescado. Produtos para diminuir o odor eram colocados, mas nos últimos anos, a empresa não vem fazendo esforço concentrado para resolver rapidamente o problema que além de ser um grande crime ambiente, está prejudicando a população.
O mau cheiro prejudica alunos nas Escolas nas comunidades, que são obrigadas a inalar o odor, além disso famílias que residem próximo a lagoa, não podem dormir, nem fazer as refeições, pois o mau cheiro se faz presente durante todo o dia. "Esse fedor é pior do que várias flatulências resultantes da mistura dos alimentos ovo, cebola e batata", disse um morador. A fedentina insuportável é sentida a mais de 1km de distância
No sábado passado, parte da população fez um manifesto em frente a empresa e na última terça-feira, representantes da comunidade tiveram acesso a um dos diretores da empresa que, segundo os representantes, ficou garantido, por parte da empresa, uma solução para o problema até dia 08 de maio. Mas, a população além de não acreditar nas promessas da diretoria, não está aguentando tanto mau cheiro.
Uma das pessoas que residem nos bairros afetados pela fedentina, nos confidenciou que é grande o número de pessoas que procuram os postos de saúde com problemas respiratórios e mal estar devido a inalação o mau cheiro que vem das águas servidas da empresa.
De acordo com Pepeu, líder do movimento, a intenção não é da empresa encerrar as atividades, mas sim, da Potiporã encontrar rapidamente uma solução para o problema da fedentina que está prejudicando a população. Com a lagoa cheia, moradores também identificaram a existência de uma nova bacia clandestina onde a empresa já despejava mais líquidos.
Falamos com os seguranças que estavam trabalhando na noite de ontem, mas eles disseram que nada podiam fazer, pois estavam alí para dar segurança e que também, não tinha nenhum contato telefônico da diretoria da empresa. Um dos representantes da população nos conseguiu o contato de Cristiano que é gerente de beneficiamento da empresa, mas nossas ligações não foram atendidas.
Durante toda a manhã dessa segunda, nossa produção ficará tentando um contato com a empresa Potiporã, para saber a versão da empresa
Pepeu denuncia crime ambiental da Potiporã que está prejudicando a saúde da população de Pendências, veja vídeo
sorte do leitor que não terá o desprazer de sentir esse mau cheiro
por pouco, a água não ultrapassou a barreira, evitando atingir as casas
lagoa em 2011, onde funcionários flagrados pela nossa equipe,colocava produtos na lagoa
lagoa em 2014 completamente inundada e sem os produtos necessários para diminuir a fedentina
sem colocar o produto adequado, fedentina é sentida a mais de 1km de distância
Sem informações alerta de perigo na parte elétrica, fiação fica exposta
energia e água, uma combinação que pode levar à morte
espaço é igual ao tamanho de um campo de futebol
existência de uma nova lagoa clandestina foi identificada pela população
Fotos enviadas por Rodrigo
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