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sábado, 3 de maio de 2014

COTIDIANO - Seguro de celular avança, mas custo pode chegar a 50% do valor do aparelho

Um brasileiro tem, em média, mais do que o dobro de chances de ter o smartphone roubado ou furtado na rua do que em qualquer outro país. Uma pesquisa feita pela empresa F-Secure mostrou que 25% dos brasileiros disseram ter tido o aparelho roubado nos últimos 12 meses, enquanto a média mundial é de 11%. Entre 15 países pesquisados, o porcentual do Brasil só é menor que o da Índia. Por isso, não é de surpreender que os consumidores do País estejam dispostos a gastar dinheiro para proteger o bem.

A oferta de seguros de smartphones e outros aparelhos eletrônicos - como tablets e laptops - cresceu muito ao longo do último ano, e novas opções continuam a chegar no mercado. A TIM, por exemplo, somente no primeiro trimestre de 2014, registrou um aumento de 20% na procura pelo serviço, comercializando 21 mil apólices. No Rio de Janeiro, a expansão foi ainda maior, de 30%.

Entre as operadoras, somente a Claro não tem uma operação de seguros que cubra os aparelhos mais caros do mercado, como iPhone e Samsung Galaxy. A Oi informou que está começando um projeto piloto, com a venda em 20 lojas do Rio e de São Paulo. Oi e TIM escolheram a mesma seguradora para oferecer o serviço, a americana Assurant. A parceria da Vivo, que oferece o produto desde 2008, é com a Zurich.

O varejo também percebeu o potencial da venda de seguros. A Fnac e a Saraiva, que têm espaços dedicados à venda de produtos Apple em seus pontos de venda, também já fizeram parcerias - a primeira com a Tokio Marine e a segunda, com a Mapfre. Os produtos da Apple, que estão entre os mais caros do mercado - um iPhone 5S pode custar mais de R$ 3 mil, dependendo da configuração - estão no topo da lista dos produtos mais furtados no País.

As varejistas têm vantagem na oferta do seguro, pois podem ser mais agressivas no "corpo a corpo" de venda, de acordo com Maurício Romão, diretor de serviços digitais da Telefônica Vivo. Já as operadoras têm de tomar o cuidado para não irritar o cliente. "Nossa venda é muito cuidadosa, pois estamos conscientes de que esse não é o ponto central do nosso negócio", diz.

Ainda assim, o executivo da Vivo diz que a procura pelo serviço tem aumentado bastante. Hoje, segundo ele, cerca de 20% a 25% dos clientes que adquirem um aparelho compram também algum tipo de seguro.


Caso o consumidor não tenha optado pelo seguro na hora da compra do aparelho, há opções na internet caso ele mude de ideia. A Porto Seguro oferece uma ferramenta para cálculo de valores em seu site. A Assurant é uma das sócias do BemMaisSeguro.com, que tem a proteção a aparelhos eletrônicos como seu carro-chefe. A Assurant já havia patrocinado sites semelhantes nos Estados Unidos e no Reino Unido e escolheu estender a iniciativa para o Brasil, mas fez algumas adaptações.

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