
O
verão, como o definimos, começa em fins de dezembro, em um dia particular que
abriga o solstício, quando o Sol, em sua peregrinação anual pelo céu, atinge
seu máximo afastamento do equador celeste, em direção ao Sul. Podemos perceber,
também, que a duração da parte iluminada do dia é a maior possível no
hemisfério Sul. Neste dia do solstício, teremos a noite mais curta do ano.
A
partir dele, as noites vão ficando um pouco mais longas, com a mesma duração
dos dias no equinócio, e continuam crescendo até o máximo no solstício de
inverno. Assim, o dia do solstício de verão, com seu período de máxima
iluminação, deveria ser o meio do verão, e não o seu início. Mas falávamos do
horário de verão. Pois bem, o solstício de dezembro, no hemisfério Sul, marca o
início desta estação. Isso é um fato histórico, pois os antigos podiam medir
muito bem solstícios e equinócios. Na verdade, astronomicamente falando, o
solstício deveria ser entendido como o auge do verão ou do inverno.
Não é de se
estranhar, então, que o início do verão como o conhecemos abrigue o meio do
horário de verão. É por isso que o horário de verão começa em plena primavera e
termina antes que o verão acabe. É bom lembrarmos que quanto mais afastado
estivermos do equador, mais acentuada será a diferença entre dias e noites ao
longo do ano. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, esta diferença é tão
pequena que não justifica a adoção do horário de verão.
Os que não são
favoráveis ao horário de verão podem ainda achar vários pontos negativos em sua
adoção. Só não podem reclamar que o horário de verão não deveria começar na
primavera.
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