Além de falar sobre o contexto nacional, Eduardo Campos
também comentou a situação local, da aliança entre PMDB e PSB no Rio Grande do
Norte. Segundo ele, que é presidente nacional pessebista, realmente, a decisão
do Diretório Estadual do partido de apoiar a pré-candidatura peemedebista de
Henrique Eduardo Alves não foi consenso na sigla. Contudo, acabou sendo firmada
“democraticamente”.
“As circunstâncias de cada estado são vividas por cada
estado. Não vamos imaginar que as decisões tomadas aqui foram consensuais.
Haviam posições críticas contra esta aliança e não era só de Marina, era de
outros dirigentes, e na vida democrática você convive com a divergência. É
muito ruim quando você não respeita a divergência. Do mesmo jeito que a gente
respeita a decisão daqueles que compreenderam a decisão local, a gente respeita
também aqueles que continuam críticos as posições que o PMDB tem assumido no
Brasil. A gente tem que conviver com essa situação”, afirmou Eduardo Campos.
Marina Silva, citada pelo presidente nacional do PSB, é
filiada ao partido dele, mas comanda a “Rede”, sigla que ela tentou criar e não
conseguiu no ano passado. Um texto assinado, justamente, pela “Rede” fazia uma
série de críticas a essa parceria, porque Henrique representava justamente tudo
o que deveria ser eliminado na política brasileira, como o fisiologismo.
Por sinal, Eduardo Campos fez em outras respostas
concedidas na entrevista coletiva de hoje várias críticas ao tal fisiologismo
que o Governo e o PMDB tem agido na atual gestão. Segundo ele, inclusive, a
proposta do partido que se pudesse levar uma proposta que “acumulasse os
ganhos, cuidar e preservar as conquistas, e voltar a melhorar. Que a gente
pudesse ter um palanque que se comprometesse a melhorar a política no Brasil,
tirar aquelas raposas que estão em Brasília, roubando os sonhos do Brasil e
colocar sangue novo, com energia boa, para tocar o Brasil de um novo jeito, invés
de dividir o Brasil como fica essa divisão de PSDB, PT, PSDB, PT, há 20 anos.
Um dizendo que o outro não fez nada, quando não é verdade. Os dois fizeram. Um
fez mais do que o outro por circunstâncias próprias. Precisamos viver um
momento para que o Brasil se uma para que, a partir do que eles fizeram, fazer
diferente do que eles fizeram”, afirmou ele.
Em outro comentário claramente falando da ação do PMDB,
que ele criticou antes, Eduardo Campos disse que rompeu com o Governo Federal,
mas continuou ajudando o País e não o ameaçando com a troca de apoio e votações
por cargos ou espaços no Governo. “O PSB fez o movimento que não é comum na
política brasileira. Geralmente, os partidos estão querendo ser do governo, e
nós saímos do governo, no meio do governo. Deixamos a presidenta não foi na
oposição, nem na rua, deixamos no Palácio do Planalto. Desejamos sorte a ela.
Nossa bancada no Senado e na Câmara tem votado nas coisas certas, e muitas
medidas que ela precisa, não tem o apoio da base aliada atrapalhando o Brasil,
mas tem tido a nossa solidariedade”, acrescentou o pessebista.
Em diversas votações no Congresso, é possível ver o PMDB
ameaçar derrotas do Governo porque Dilma não atende o pedido dos líderes
peemedebistas. “O que vejo é o Governo repetir os mesmos erros, cercado das
mesmas forças que estiveram com Fernando Henrique no segundo governo. É a mesma
turma”, afirmou ele, em outra clara referência, uma vez que PMDB apoiou a
gestão PSDB e, agora, está ao lado do PT.
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