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sexta-feira, 23 de maio de 2014

ELEIÇÕES - Apoio ao PMDB não é consenso dentro do PSB

Além de falar sobre o contexto nacional, Eduardo Campos também comentou a situação local, da aliança entre PMDB e PSB no Rio Grande do Norte. Segundo ele, que é presidente nacional pessebista, realmente, a decisão do Diretório Estadual do partido de apoiar a pré-candidatura peemedebista de Henrique Eduardo Alves não foi consenso na sigla. Contudo, acabou sendo firmada “democraticamente”.

“As circunstâncias de cada estado são vividas por cada estado. Não vamos imaginar que as decisões tomadas aqui foram consensuais. Haviam posições críticas contra esta aliança e não era só de Marina, era de outros dirigentes, e na vida democrática você convive com a divergência. É muito ruim quando você não respeita a divergência. Do mesmo jeito que a gente respeita a decisão daqueles que compreenderam a decisão local, a gente respeita também aqueles que continuam críticos as posições que o PMDB tem assumido no Brasil. A gente tem que conviver com essa situação”, afirmou Eduardo Campos.

Marina Silva, citada pelo presidente nacional do PSB, é filiada ao partido dele, mas comanda a “Rede”, sigla que ela tentou criar e não conseguiu no ano passado. Um texto assinado, justamente, pela “Rede” fazia uma série de críticas a essa parceria, porque Henrique representava justamente tudo o que deveria ser eliminado na política brasileira, como o fisiologismo.

Por sinal, Eduardo Campos fez em outras respostas concedidas na entrevista coletiva de hoje várias críticas ao tal fisiologismo que o Governo e o PMDB tem agido na atual gestão. Segundo ele, inclusive, a proposta do partido que se pudesse levar uma proposta que “acumulasse os ganhos, cuidar e preservar as conquistas, e voltar a melhorar. Que a gente pudesse ter um palanque que se comprometesse a melhorar a política no Brasil, tirar aquelas raposas que estão em Brasília, roubando os sonhos do Brasil e colocar sangue novo, com energia boa, para tocar o Brasil de um novo jeito, invés de dividir o Brasil como fica essa divisão de PSDB, PT, PSDB, PT, há 20 anos. Um dizendo que o outro não fez nada, quando não é verdade. Os dois fizeram. Um fez mais do que o outro por circunstâncias próprias. Precisamos viver um momento para que o Brasil se uma para que, a partir do que eles fizeram, fazer diferente do que eles fizeram”, afirmou ele.

Em outro comentário claramente falando da ação do PMDB, que ele criticou antes, Eduardo Campos disse que rompeu com o Governo Federal, mas continuou ajudando o País e não o ameaçando com a troca de apoio e votações por cargos ou espaços no Governo. “O PSB fez o movimento que não é comum na política brasileira. Geralmente, os partidos estão querendo ser do governo, e nós saímos do governo, no meio do governo. Deixamos a presidenta não foi na oposição, nem na rua, deixamos no Palácio do Planalto. Desejamos sorte a ela. Nossa bancada no Senado e na Câmara tem votado nas coisas certas, e muitas medidas que ela precisa, não tem o apoio da base aliada atrapalhando o Brasil, mas tem tido a nossa solidariedade”, acrescentou o pessebista.

Em diversas votações no Congresso, é possível ver o PMDB ameaçar derrotas do Governo porque Dilma não atende o pedido dos líderes peemedebistas. “O que vejo é o Governo repetir os mesmos erros, cercado das mesmas forças que estiveram com Fernando Henrique no segundo governo. É a mesma turma”, afirmou ele, em outra clara referência, uma vez que PMDB apoiou a gestão PSDB e, agora, está ao lado do PT.

 portaljh

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