O que a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), tem
feito nos seus pronunciamentos na rádio, na televisão e nas redes sociais, é
terrorismo com a população. Uma atitude que pode ser até considerada um crime,
por espalhar pânico social com a possibilidade de fim do Bolsa Família caso algum
partido que não seja o PT vença as eleições presidenciais de outubro próximo.
Bom, pelo menos foi essa a visão que o pré-candidato a presidente da República,
Eduardo Campos (PSB), afirmou em entrevista coletiva concedida na manhã de
hoje, em Natal.
A visita do ex-governador de Pernambuco a capital
potiguar faz parte de uma série de encontros que o presidenciável está tendo
com o objetivo de montar o projeto de governo dele que será levado aos
eleitores no meio do ano. Além disso, claro, Campos quer também se tornar mais
conhecido da população, participando de eventos públicos e mobilizações
sociais. No Rio Grande do Norte, por exemplo, pretendia ir ao Hospital Varela
Santiago (teve que ser cancelado devido ao tempo) e, depois, a Santa Cruz, para
a procissão da padroeira da cidade, Santa Rita.
“Essa visita tem sido muito interessante porque,
primeiro, as pessoas ficam surpresa porque estamos parando para ouvir. Elas
querem ser ouvidas e estão cansadas das decisões que são tomadas de cima para
baixo”, afirmou Eduardo Campos durante a coletiva de imprensa, concedida no
hotel Ocean Palace, ao lado dos colegas de PSB Wilma de Faria, Sandra Rosado e
Iberê Ferreira.
Evidentemente, ouvir a população não é a única ação que
Eduardo Campos está fazendo no Rio Grande do Norte. Ele também aproveitou a
coletiva para fazer duras críticas a atual gestão do Governo Federal e,
principalmente, a presidente Dilma Rousseff. “A gente está vencendo duas
batalhas importantes (nessa pré-campanha). A primeira é contra o terrorismo, que
a presidenta tem feito nos rádios, nas redes sociais, na televisão, inoculando
o medo entre os mais pobres como se alguém fosse tirar o Bolsa Família de 40
milhões de famílias”, afirmou Eduardo Campos.
“Isso é uma vergonha. Chega a ser uma atitude criminosa,
porque leva o pânico para muitas famílias que tem no programa a única renda
certa de todo mês”, acrescentou o presidenciável, ressaltando que se trata de
uma mentira e, como toda mentira, tem perna curta e, por isso, está sendo
desmentida. Nenhum dos adversários de Dilma (ele ou Aécio Neves, do PSDB), quer
acabar com o programa.
A outra dificuldade que o PT tem imposto aos adversários
eleitoralmente é, segundo Campos, com relação aos jovens. “Querem que os jovens
fiquem indignados e protestem, mas que não participem e não votem”, acrescentou
ele, atribuindo ao Governo Federal a mobilização em torno da insatisfação
eleitoral e o voto nulo. Contudo, assim como a outra, essa também tem sido uma
atitude frustrada petista. “A gente percebe indo para as universidades, em
conversa com a juventude, que a indignação está virando o desejo de participar
e todas as vezes que ela participou, nós fomos campeões”, garantiu ele.
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