Eduardo Campos, por sinal, falou mais sobre a decisão do
partido de romper com o Governo Federal e lançar candidato próprio para a
Presidência da República. “Nós podemos até errar, é humano. Agora, permanecer
no erro é estupidez. Poderia ser até mais confortável para o PSB permanecer no
Governo Federal, ele querendo que a gente tivesse mais ministérios, compusesse
chapa majoritária, esperasse para a candidatura para presidente da República em
2018, e nós entendemos que o Brasil não pode esperar por isso”, afirmou Campos.
Segundo o presidenciável do PSB, “como milhões de
brasileiros, acreditamos na presidente Dilma e demos a ela a oportunidade de
fazer e ela não aproveitou a oportunidade que nos demos. Alias, nos
nordestinos, é que somos responsáveis pela vitória da presidenta, porque ela
ganhou por 10 milhões de votos e esses 10 milhões ela tirou aqui do Nordeste”.
“Se fizermos um exame de consciência, vai ver que o
Nordeste não teve nesse tempo de quase quatro anos a atenção que já teve em
outros governos. A gente não sentiu a presença do governo concluindo obras
ainda anunciadas na gestão do presidente Lula, como a transposição do São
Francisco, a interiorização das universidades, porque foram parando. O trato
com o pacto federativo”, acrescentou o presidenciável.
Campos trouxe também um dado que aponta que Dilma fez
mais ou menos assim: “quando o presidente Fernando Henrique deixou o governo,
de R$ 100 que União, estado e municípios arrecadavam, R$ 16 iam para os
municípios; quando Lula deixou, R$ 14,5 ficavam com os municípios; em três anos
da presidente Dilma, esse valor ficou R$ 11. E nós vimos municípios fecharem
creche, demitir professores, pararem obras, não poder dar assistência que
gostariam de ter dado durante a estiagem”.
“Se você sente que as coisas estão na areia movediça,
você dá um passo para trás e espera a acomodação dos fatos. É assim que agem as
forças econômicas no mundo inteiro e a gente percebe que essa crise de
confiança, no Brasil, ela está afundando o presente”, acrescentou Eduardo Campos,
dizendo que o País, hoje, tem um crescimento econômico “débil”.
portaljh
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