A pesquisa Datafolha mostra que falhou a estratégia,
evidenciada no pronunciamento de TV de Dilma Rousseff no Primeiro de Maio, de
mostrar que ela é a mais preparada para fazer mudanças, desejo de 74% dos
eleitores.
A vitória de Aécio Neves (PSDB) sobre a presidente como o
candidato mais apto a fazer mudanças se ancora na classe média: ele saltou de
20% para 30% nesse item entre quem tem renda de 5 a 10 salários mínimos, e de
14% para 20% na faixa de 2 a 5 mínimos.
Dilma foi a única que oscilou para baixo como mais apta a
fazer mudanças: Lula cresceu de 32% para 38% e Eduardo Campos (PSB), de 7% para
10%.
O Datafolha mostrou que 64% dos eleitores que declaram
voto em Dilma no primeiro turno acham que o candidato do PT a presidente
deveria ser Lula.
Só 34% dos eleitores da presidente acham que ela deveria
ser a postulante do partido.
Em cenário de segundo turno, Campos continua absorvendo
votos do eleitorado de Aécio: tem 55%, enquanto só 25% dos pró-tucano votariam
na presidente.
Já Aécio perdeu espaço entre os eleitores do pessebista.
Entre quem vota em Campos no primeiro turno, o tucano
consegue atrair 49%, ante 54% de abril.
Entre os entrevistados que dizem que votariam em Lula se
ele fosse candidato, apenas dois terços declaram voto em Dilma.
Ela tem 66% entre os lulistas, Aécio obtém 8% e Campos
vai a 6% nesse segmento.
Já os eleitores de Dilma que dizem votar em Lula caso ele
seja o candidato chegam a 87%.
Outros 4% dos dilmistas preferem Aécio e 2% escolhem
Campos caso a presidente se candidate.
Dilma perdeu parte de seu eleitorado em municípios
pequenos, com até 50 mil habitantes, mas ganhou espaço em relação a abril nos
grandes centros.
Nas cidades menores, a presidente tinha 48% em abril e
agora aparece com 44%.
Em municípios com mais de 500 mil habitantes, subiu de
31% para 34%.
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