Ao divulgar a Carta da 17ª Marcha a Brasília, os
prefeitos que participaram da mobilização destacaram a instalação da Comissão
Especial para analisar a proposta de ampliação dos repasses do Fundo de
Participação dos Municípios como um dos principais avanços obtidos durante a
programação. A iniciativa de instalar a Comissão foi do presidente da Câmara
dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
“Entre as principais conquistas obtidas
nesta Marcha, destacamos: (...) A instalação da Comissão Especial na Câmara dos
Deputados para a votação, no mínimo de sessões regimental, do projeto que
aumenta em 2% do Fundo de Participação dos Municípios”, apontou o documento
lido pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski . A Carta foi lida e aprovada, ontem, no encerramento da
Marcha. O presidente da Confederação entregou, em seguida, o documento à
presidenta da República, Dilma Rousseff, em reunião no Palácio do Planalto. Na
carta, os mais de cinco mil prefeitos presentes ao evento, reforçaram as
reivindicações dos Municípios encaminhadas aos poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo, bem como aos pré-candidatos à presidência da República.
O documento é também um reconhecimento à iniciativa de
instalação da Comissão Especial pelo presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves. A Comissão foi instalada para analisar a proposta de
emenda constitucional que aumenta os repasses do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM). O presidente e relator do colegiado são, respectivamente, os
deputados João Maia (PR-RN) e Danilo Forte (PMDB-CE).
O aumento das transferências do FPM foi uma das principais reivindicações dos
prefeitos que participam da Marcha a Brasília, que ocorreu nesta semana. Na
quarta-feira, centenas deles estiveram ao Congresso Nacional e foram recebidos
pelo presidente da Câmara.
Os prefeitos de Serrinha, Fabiano Teixeira; e de Santana do Seridó, Adriano
Gomes, reforçaram as palavras do presidente da Femurn. Fabiano preside a
Associação dos Municípios do Litoral e Agreste Potiguar (Amlap) e Adriano
coordena um consórcio de saúde que reúne 16 municípios do Seridó. Os gestores
expuseram a crise financeira enfrentada pelos Municípios e falaram sobre as
consequências do subfinanciamento dos mais de 390 programas federais. Também
destacaram que o principal motivo da atual situação financeira desses entes
está na política de isenções fiscais concedidas pelo governo, causando a
redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Segundo o TCU, apenas
do FPM foram retirados R$ 77 bilhões nos últimos cinco anos”, alerta o
documento. A Marcha também marcou a consolidação da campanha liderada pela CNM
“Viva o seu Município”, que paralisou as atividades de quase duas mil
prefeituras de todo o país no dia 11 de abril com o objetivo de mostrar à
população os motivos e os efeitos da crise.
As reivindicações dos gestores foram expostas durante todos os momentos do
evento. Aos candidatos à presidência da República, os municipalistas cobraram o
compromisso com a valorização da pauta municipalista.
Os pontos prioritários foram: aumento do FPM; redistribuição dos royalties;
compensações pelas perdas por desonerações fiscais, reajuste dos valores
repassados à manutenção dos programas federais, o reajuste do piso do
magistério pelo INPC, a atualização da lei que trata do ISS e o encontro de
contas da Previdência.
TN
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