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quinta-feira, 8 de maio de 2014

POLÊMICA - Feliciano pode ser desligado de convenção de pastores por entrevista à Playboy


O deputado Pastor Marco Feliciano presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo 18/04/2013
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, pode ser desligado de uma convenção de pastores por conta da entrevista que deu à edição de abril da revista Playboy. Na segunda-feira, a Convenção Fraternal Interestadual das Assembleias de Deus (Confradesp) divulgou uma nota de esclarecimento em seu blog dizendo que a Mesa Diretora da entidade decidiu encaminhar ao Conselho de Ética e Disciplina “assuntos relacionados ao Pr. Marco Feliciano”.

À Playboy, Feliciano contou que já usou cocaína e afirmou compreender o prazer que homens possam ter com sexo anal. “Com certeza, tem homens que têm tara por ânus, sim. Eu não entendo muito dessa área porque nunca fiz, graças a Deus, e espero nunca fazer, porque parece que quem faz não volta mais. (Risos). Deve ser uma coisa tão estranha...”, disse o deputado à publicação.

Ao site do Extra, o pastor Lelis Washington, membro da direção da Confradesp, disse que as possíveis sanções a Feliciano vão desde uma advertência até o “descredenciamento pastoral” da Convenção Geral das Assembleia de Deus do Brasil (CGADB). Washington, no entanto, salientou que não se trata da perda do título de pastor, mas do desligamento de Feliciano da entidade, essencial para “dar credibilidade ao seu ministério”.

Essa entrevista foi dada a uma publicação que não é indicada para os nossos fieis. Pelo contrário, é indicado que eles não consumam essa revista. Ainda não existe uma decisão sobre o descredenciamento. Foi feito um encaminhamento, que implica em ouvir as partes, em outros processos, até se chegar a uma conclusão - explicou o pastor Lelis Washington ao Extra.

A assessoria de imprensa de Marco Feliciano, procurada pelo Extra, afirmou que o deputado ainda não recebeu uma notificação sobre o caso, tratado ainda como “um burburinho”, e reiterou que a convenção pode pedir uma explicação, e que ela será dada pelo parlamentar.
o globo

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