O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo
Alves, pré-candidato do PMDB a governador do Rio Grande do Norte, silenciou, no
final da manhã de hoje, ao ser questionado sobre a presença do nome dele na
lista de parlamentares beneficiados com doações financeiras eleitorais por
fornecedores da Petrobras sob suspeita de irregularidade.
Ao chegar ao evento de apoio à PEC 555, na Assembleia
Legislativa, após uma hora e quarenta minutos de atraso, Henrique evitou a
imprensa. “Não vou falar, não vou falar”, disse e repetiu, negando pedido de
entrevista do Jornal de Hoje.
Reportagem publicada no site da Revista Veja na noite de
quarta-feira, intitulada “Fornecedores da Petrobras sob suspeita financiaram
campanha de 121 parlamentares em atividade”, mostra Henrique como beneficiário
de uma doação de R$ 150 mil. A empresa seria investigada na operação Lava-Jato,
da Polícia Federal
De acordo com a publicação, dos deputados e senadores da
atual legislatura, pelo menos 121 receberam dinheiro oficialmente como doação
de campanha de empresas investigadas. O levantamento da revista foi feito junto
aos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A revista revela que 96 dos parlamentares da Câmara e 25
do Senado estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores
da Petrobras sob suspeita. Henrique teria recebido R$ 150 mil durante a última
campanha de uma das empresas. O nome dele aparece na lista de beneficiados
publicada junto à reportagem.
Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada
multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de
investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar
irregularidades na Petrobras.
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