A Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe será encerrada na próxima
sexta-feira (9). Até agora, 14 milhões de pessoas já se vacinaram contra a
doença, segundo balanço parcial divulgado pelo Ministério da Saúde nesta
segunda-feira (5).
A vacina está disponível para 49,6 milhões de integrantes do
grupo prioritário. O grupo de mulheres pós-parto (puérperas) registrou, até o
momento, a maior cobertura vacinal, com 142,8 mil doses aplicadas, o que
representa 39,7% deste público. Os grupos que menos se vacinaram são as
gestantes, indígenas e trabalhadores de saúde.
Desde 22 de abril, a vacina contra gripe está disponível
nos postos de vacinação a crianças de seis meses a menores de cinco anos;
pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas;
gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de
liberdade; funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças
crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, faz um apelo às
pessoas do grupo prioritário para que procurem os postos de vacinação do
Sistema Único de Saúde (SUS) e se protejam contra a gripe. “A vacina é a
principal arma para reduzir as complicações, os casos graves e os óbitos por
gripe. Este é o melhor momento para se proteger contra a doença, já que são
necessários 15 dias, em média, para a vacina fazer efeito”, recomenda o
ministro.
Segurança
A vacina está disponível para 49,6 milhões de pessoas que
fazem parte do grupo prioritário por ser vulnerável a desenvolver a forma mais
grave da doença. Para a realização da campanha, o Ministério da Saúde
distribuiu 53,5 milhões de doses, que protege contra os três subtipos do vírus
da gripe que mais circularam no inverno passado (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).
A vacina contra gripe é segura e evita o agravamento da doença, internações e,
até mesmo, óbitos por influenza.
Após a aplicação, podem ocorrer dor no local da injeção e
o endurecimento leve da pele, manifestações que geralmente passam em 48 horas.
A vacina, no entanto, é contraindicada para pessoas com história de reação
anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina
ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32%
a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade
por complicações da influenza. As pessoas com doenças crônicos devem apresentar
prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes já cadastrados em programas de
controle das doenças crônicas do SUS, deverão se dirigir aos postos em que
estão cadastrados para receberem a vacina. Se na unidade de saúde onde são
atendidos regularmente não existir um posto de vacinação, os pacientes devem
solicitar prescrição médica na próxima consulta.
Prevenção
A transmissão dos vírus influenza ocorre por meio do
contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa
contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou através das mãos e objetos
contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À
população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples
para evitar a doença.
Lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a
boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de
uso pessoal, são algumas das medidas de prevenção. Em caso de síndrome
gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.
Também é importante lembrar que mesmo pessoas vacinadas,
ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de
grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o
médico. A medida tem como objetivo possibilitar ao médico avaliar a necessidade
de prescrever os antivirais específicos para a gripe, disponíveis de forma
gratuita nas unidades da rede pública.
Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na
garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações.
Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três
dias, piora de sintomas gastro-intestinais, dor muscular intensa e
prostração.
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