A “lista” de crimes de Edilson de Almeida Filho, de 35
anos, mais conhecido como “Dindô”, suspeito de ter estuprado uma mulher de 60
anos e a própria filha dela no início da noite desta segunda-feira (19), dentro
de um comércio no bairro Nova Esperança, em Parnamirim, pode ter um outro caso
tão revoltante quanto o ocorrido ontem.
De acordo com a delegada Dulcinéia Lopes, titular da
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Parnamirim (Deam), a família
de Edilson fez um Boletim de Ocorrência (BO) na semana passada, alegando que
uma menor de idade teria sido abusada sexualmente. “Eu não posso falar muito
sobre o caso. Mas o fato é que esse BO foi feito e que uma criança teria sido
estuprada. Quem fez o BO é da família do Edilson. Chamamos essa pessoa para
prestar alguns esclarecimentos, mas não existe nada de concreto ainda contra o
Edilson nesse caso”, afirmou
Com relação ao estupro das duas mulheres, uma de 60 anos
e outra de 35, Dulcinéia informou que Dindô não assumiu a autoria do crime.
“Ele alegou que não fez nenhum ato de estupro, que teria sido tudo de forma
consensual e que teve relação apenas com a filha e não com a mãe. Mas nós
descartamos tudo isso. Ele estuprou sim as duas mulheres”.
Dulcinéia também destacou que o comportamento de Dindô foi
muito agressivo durante as duas horas em que esteve na casa das vítimas. “A
porta da casa estava aberta, pois as mulheres estavam estendendo roupas no
varal. Ele aproveitou a oportunidade e entrou, encontrando primeiramente a
filha e depois a mãe, rendendo as duas. Depois ficou sempre as ameaçando a com
um facão e uma tesoura, antes de levá-las para um quarto. Foi quando o acusado
mandou as duas tirarem as roupas. Ele é um ex-presidiário, foi solto há cerca
de quatro meses e é considerado muito perigoso. Tem o comportamento de uma
pessoa perturbada. Ele também disse que estava apaixonado por uma das vítimas”
“Eu fui pegar uma rede para me deitar e, quando voltei,
ele já estava com a minha filha, armado de um facão. Ele mandou ela fechar a
porta e depois mandou que fôssemos para o quarto. Assim que entramos, ele
mandou que minha filha me amarrasse. Ela questionou o motivo pelo qual ele
mandou ela me amarrar, e ele ordenou mais uma vez que ela o fizesse. Ela disse
que não tinha com o que me amarrar, foi quando ele disse que ela usasse um
lençol. Minha filha amarrou meus pulsos”, detalhou a idosa em declaração para o
G1-RN.
A vítima também lembrou que Dindô morava próximo à sua
casa e que sempre que encontrava as duas falava com elas de forma educada. “Nós
nunca imaginamos que ele poderia fazer uma coisa dessas. A gente ficou em uma
situação terrível. Ele mandou a gente ficar nua. Primeiro ele tentou me matar
com um travesseiro no rosto e depois disse: ‘você vai ter que ser minha de todo
jeito. Como você não quer numa boa, vai ser a força’”, disse a mulher de 35
anos.
Segundo informações da polícia, no final da tarde de
segunda-feira, um amigo das vítimas foi até a casa das duas e chamou por elas.
Como não obteve resposta, foi observar o que estava acontecendo. Ao perceber a
chegada do homem, Dindô fugiu. A PM foi acionada e depois de fazer algumas
diligências na região, o suspeito foi encontrado e preso em flagrante.
PORTALJH
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