O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa voltou a ser preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal. A prisão
ocorreu no Rio de Janeiro. A prisão foi fundamentada na acusação de que
havia risco de fuga e de qie Costa teria escondido da polícia que tinha um
passaporte português e contas na Suíça com saldo de U$ 23 milhões.
A informação foi dada pelo deputado Fernando
Francischini, que acompanha a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Mista com a presidente da Petrobras, Graça Foster. Foi confirmada pelo juiz
Sergio Moro da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná.
Na terça-feira, Costa esteve na CPI da Petrobras do
Senado para prestar esclarecimentos. Ele disse não ter contas no exterior.
Nesta quarta, porém, a Suíça teria bloqueado US$ 23 milhões do ex-executivo, em
contas que ele manteria fora do país.
Na CPI, Costa deu explicações confusas sobre algumas
acusações, como o fato de a Polícia Federal ter encontrado, em sua residência,
mais de R$ 1,2 milhão em dinheiro vivo, quando a Operação Lava-Jato foi
deflagrada e ele foi preso, no dia 17 de março. Parte desse valor estava em
reais (R$ 762 mil) e outra parte, em dólares (US$ 181 mil), além de 10,8 mil
euros. "Eu tinha necessidade de ter dinheiro vivo para fazer uma série de
negócios dentro da empresa, de pagamento de impostos, pagamento de uma série de
coisas", justificou.
Ao falar sobre os US$ 181 mil em espécie, Costa não
mencionou a origem do dinheiro - nem foi perguntado sobre isso -, mas disse que
essa é uma situação comum. "Essa quantidade de dólar aqui foram dólares
que nos meus 35 anos de Petrobras eu economizei. Eu deixei esse dinheiro como
uma garantia, como vários de nós têm dólares guardados em casa", disse.
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