A CPI Mista da Petrobras ouve nesta quarta-feira (25)
Sérgio Gabrielli, que presidiu a estatal de 2005 a 2012, em busca de
esclarecimentos sobre a controversa compra da refinaria de Pasadena, no Texas
(EUA). A operação teria custado US$ 1,2 bilhão à empresa e causado perda
de US$ 530 milhões, conforme avaliação feita pela atual presidente, Graça
Foster, em depoimentos no Senado e na Câmara.
Gabrielli falou à CPI exclusiva do Senado em
maio. Na ocasião, ele opinou que, diante de novas mudanças no mercado,
ocorridas em 2013, Pasadena pode ser considerada um bom negócio - avaliação
diferente da de Graça Foster.
O ex-presidente também isentou a presidente Dilma
Rousseff, que presidia o Conselho de Administração da estatal na época da
transação, em 2006, de qualquer responsabilidade individual no fechamento do
contrato.
Em relação a outro tema investigado pela CPI, Gabrielli
afirmou não haver fundamento em denúncias de superfaturamento nas obras da
Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O custo final da refinaria, que ainda
não ficou pronta, deve chegar a US$ 18,5 bilhões.
Nos seis requerimentos de convocação de Gabrielli,
deputados federais que integram a CPI Mista defenderam a necessidade de ouvir a
versão do ex-presidente sobre denúncias de corrupção, superfaturamento e má
gestão durante seu período no cargo, além de apontarem contradições entre sua
versão e a de Dilma para a compra de Pasadena.
O depoimento da diretora-geral da Agência Nacional de
Petróleo (ANP), Magda Chambriard, que falaria à CPI exclusiva do Senado também
nesta quarta, foi adiado.
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