Filho mais velho do ex-craque Marinho Chagas |
O ex-lateral esquerdo da Seleção Brasileira tinha planos para o período
da Copa do Mundo e após o evento mundial. Ele faria o pontapé inicial do
primeiro jogo da Copa na Arena das Dunas. Além disso, aproveitaria a
visualização proporcionada pelo período para mobilizar o retorno da Fundação
Social Marinho Chagas Club.
Segundo o filho
mais velho Jefte Silva, 40, que era responsável pela atualização da página na
rede social Facebook de Marinho Chaga e agenciava o pai, estava na agenda
diversas entrevistas sobre o assunto que mais gostava, futebol, a fim de
motivar a seleção e fortalecer a sua imagem. “Com certeza ele ia ser o rei da
Copa”, comenta Jefte.
Com o destaque, ele iria contactar empresários e possíveis
patrocinadores para reativar a escolinha de futebol infanto-juvenil. A Fundação
criada há cinco anos, há três teve as atividades paralisadas por questões
judiciais com um dos sócios – que eram os três irmãos Marinho Chagas, Antônio
Marinho e João Marinho. “O sonho não acabou. Queremos esclarecer estes equívocos
que levaram a ação judicial para liberar a reativação da Escola”, afirmou
Antônio Marinho.
“Os últimos três
meses ele estava muito feliz. Íamos assistir o jogo da Itália e Uruguai na
Copa. Mas, agora tudo mudou”. Eles moravam na Praia do Meio, próximo ao Hotel
Reis Magos. “Eu só sei que ele foi o grande amor da minha vida”, declarou a
viúva de Marinho, Patricia Ribeiro. Casada há 14 anos com o ex-jogador. Marinho
deixa esposa e cinco filhos, de outros dois relacionamentos.
“A imagem que ele
vai deixar é de humildade. Tanto fazia ele ter um real, quanto um milhão.
Sempre era a mesma pessoa. Um garoto que jogava no barro e lama e chegou a
seleção brasileira, com reconhecimento internacional. Ele viveu do jeito que
queria viver, pelo futebol”, Jefte Silva, filho mais velho.
“Ele vinha bem, se
restabelecendo na sua saúde. É lamentável ter partido nesse momento.
Agradecemos por tudo que o Rio Grande do Norte fez por ele. É um irmão que vai
fazer falta”, Antônio Marinho, irmão.
“Ele foi num
momento feliz. Só não me deixou feliz. Ele era foi amor da minha vida”, disse
Patricia Ribeiro.
Com camisa
autografada e lágrimas nos olhos, Evamar Medeiros homenageou seu amigo de
maneira especial. Ele, sua esposa e filhos, foram vestidos com a camisa da
seleção brasileira, para firmar a relevância do ex-jogador. No ano passado,
Evamar havia organizado um encontro de ex-jogadores do ABC, América e Alecrim,
onde Marinho era um dos principais convidados. Para ele, o ex-lateral merecia
mais reconhecimento. "Em Natal, ele nunca foi reconhecido como merecia.
Era mais fora do Estado, no Brasil", disse.
Familiares e amigos
se despendem de Marinho com orações, e hinos religiosos. As últimas homenagens
são prestadas ao jogador no velório que ocorre no estádio Frasqueirão. Amanhã,
o time profissional do ABC passará pelo velório por volta do meio dia e a missa
de corpo presente está prevista para acontecer às 15h e sepultamento às 17h, no
cemitério Morada da Paz, em Emaús.
tribunadonorte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado pela sua participação