Jornalistas estrangeiros acompanham nesta segunda, 23, a
manifestação que acontece em Copacabana, para lembrar as vítimas de violência
dentro das favelas. Andres Valenzuela, que gravava com manifestantes para a TV
Azteca, da Guatemala, veio ao Brasil para fazer a cobertura da Copa do Mundo e
o protesto chamou sua atenção.
"Estamos cobrindo tudo que tenha a ver com a Copa,
inclusive as manifestações. É uma pena que turistas tenham que ver de tão perto
pessoas fazendo pedidos como esses", diz. Perguntado se ele entende o
motivo do protesto, Valenzuela disse que "um pouco". "Pelo que
eu entendi, não se fazem valer os direitos dos pobres, inclusive os
matam". De acordo com ele, sua emissora deve dar a notícia como nota, com
cerca de um minuto e meio.
Jornalista freelancer para veículos no México e nos
Estados Unidos, Andalucia Knoll disse que já sabia das manifestações antes de
vir ao Brasil para cobrir "o outro lado da Copa". "É importante
que as pessoas afetadas pela Copa e pelo governo também, que parece usar o
evento como desculpa para remover pessoas e desrespeitar os direitos, possam se
manifestar. Estou escutando as pessoas aqui e vejo que é importante protestar
na frente da Fifa Fan Fest, para mostrar que nem tudo relacionado à Copa é
bonito", relata.
Um outro grupo se juntou ao que saiu do Leme e o protesto
segue para o Cantagalo acompanhado de forte aparato policial.
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