Um dia após dizer que o PMDB não fará parte de seu
eventual governo, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos,
afirmou "respeitar" a aliança do seu partido com a outra sigla no Rio
Grande do Norte. No estado, o PSB lançou a ex-governadora Vilma de Faria ao
Senado Federal e vai apoiar o deputado federal Henrique Alves (PMDB) para o
governo local. Campos cumpre agenda em Natal nesta sexta-feira (11).
"Inicialmente, o nosso partido queria uma candidatura própria aqui no Rio
Grande do Norte. Não encontramos aliança proporcional. Decidimos buscar uma
parceria que fosse melhor para o estado e fechamos uma composição com Vilma
candidata ao Senado Federal. Respeito a decisão local e isso foi debatido
internamente. Os compromissos do meu governo com o Rio Grande do Norte serão
encaminhados normalmente", garantiu Eduardo Campos, em entrevista
coletiva.
Além do Rio Grande do Norte, o PSB se coligou com o PMDB
em outros sete estados: Pernambuco, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Sul,
Rondônia, Roraima e Mato Grosso do Sul. Já na disputa presidencial, os
peemedebistas apoiarão a tentativa de reeleição de Dilma.
Nesta quinta-feira (10), em visita ao Maranhão, o candidato do PSB afirmou que
se for eleito o PMDB não fará parte de seu eventual governo. Campos declarou
que quem quiser continuar ao lado de Sarney deve votar em Dilma Rousseff (PT)
ou Aécio Neves (PSDB).
Copa do Mundo
O candidato do PSB à presidência da República cobrou a conclusão das obras
iniciadas para a Copa do Mundo. Durante entrevista coletiva, o ex-governador de
Pernambuco tratou o Mundial como um assunto passado e falou sobre a necessidade
de se pensar no futuro.
"A Copa do Mundo passou. Agora é hora de discutir o Brasil de verdade. O
tempo da Copa vai ser avaliado, tem muita coisa para ser renovada e ficaram
vários ensinamentos. Espero que as obras sejam concluídas e as falhas
encontradas solucionadas", afirmou Campos.
Críticas ao PT
Eduardo Campos não poupou críticas ao governo federal e explicou os motivos do
rompimento com o PT. "Ou ficávamos submissos aos erros ou saíamos pela
porta da frente. Seguimos o caminho da decência. O governo de Dilma não é o que
a sociedade brasileira quer. É o primeiro governo que entrega o país pior do
que recebeu", disse o presidenciável, citando as transições entre os
governos dos ex-presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz
Inácio Lula da Silva.
O ex-governador de Pernambuco acusou o governo federal de
se esconder atrás do marketing e de fazer uma campanha terrorista para ganhar
votos. "É uma estratégia terrorista dizer que se não ganhar a eleição o
Bolsa Família vai acabar. Isso é conversa fiada. Queremos não só manter o benefício,
como ampliá-lo", declarou.
G1RN
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