As propostas da candidata do PSTU, Simone Dutra, ao
Governo do Estado são as que O Jornal de Hoje apresenta na edição de hoje,
seguindo a série de matérias sobre os planos governamentais dos candidatos ao
Executivo estadual. E, dentre as propostas apresentadas pela socialista e
disponíveis no site DivulgaCand 2014, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
destaque para o aumento geral no salário dos servidores e redução no pagamento
dos políticos, mesmo que isso possa significar o desrespeito a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), e o fim da Polícia Militar, com a criação de uma polícia
unificada, eleita pelo povo.
“A inflação corrói os salários dos trabalhadores. O
aumento dos preços, sobretudo dos alimentos, atinge principalmente os mais
pobres. A inflação funciona, na prática, como uma redução salarial por parte
dos patrões, uma espécie de confisco de parte dos salários dos trabalhadores
através do preço dos produtos. Não é, como afirma o governo e boa parte da
imprensa, produto do clima, mas uma forma de aumentar os lucros das empresas.
Para enfrentar a inflação, defendemos aumento geral dos salários dos
trabalhadores e a redução dos salários dos altos cargos do Estado”, afirma o
plano de governo de Simone Dutra.
E não é só. Enquanto aumentará o dos servidores, ela
pretende reduzir o dos políticos. “É inaceitável que os políticos ganhem muito
mais do que os trabalhadores. Além do aumento geral de salários dos
trabalhadores, defendemos que o salário de todos os políticos deve corresponder
ao salário médio de um operário especializado (hoje em torno de 4 mil reais).
Vamos combater sistematicamente a corrupção e defender a prisão e o confisco
dos bens dos corruptos e corruptores”, acrescenta o plano.
No projeto de governo de Simone Dutra, também é afirmado
que o governo do PSTU não vai se submeter a Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), que impede que os gastos com a folha salarial sejam maiores que,
aproximadamente, a metade da receita do Estado.
“É preciso acabar com a pobreza, desemprego, com os
baixos salários, a precarização e a terceirização da mão de obra. Para
defendemos a não submissão à Lei de Responsabilidade Fiscal, que serve apenas
para garantir o pagamento às grandes empresas e bancos, enquanto sucateia os
serviços públicos e nega todas as reivindicações dos trabalhadores, além da
suspensão do pagamento da dívida pública aos grandes bancos nacionais e
internacionais. Defendemos também a estatização das empresas terceirizadas que
encerrem suas atividades, contratando todos os funcionários pelo Estado”, ressalta.
FIM DA PM
Com relação à segurança, o programa de governo do PSTU
afirma que “são os trabalhadores, principalmente os que moram nas periferias,
que conhecem os reais problemas da segurança pública. Enquanto a política de
segurança de fato é totalmente abandonada, as polícias são altamente equipadas
para reprimir as lutas e as manifestações, como vimos agora durante a Copa do
Mundo. Defendemos a desmilitarização da Polícia Militar e a conformação de uma
polícia unificada, civil, com direito à sindicalização e de greve, controlada
pela população organizada, que terá o direito de eleger (com revogabilidade de
mandatos) os representantes da corporação. Só assim será possível de fato que a
polícia tenha de fato compromisso com a segurança da maioria do povo”.
Além disso, pode ser incluído nesse quesito de segurança
pública, o trecho do programa de governo que fala sobre a descriminalização das
manifestações. “O país vive uma conjuntura de aumento das lutas e greves. Os
governos, a Justiça e a polícia, no entanto, enfrentam essas mobilizações com
criminalização e repressão. Em todo o país, milhares de ativistas foram detidos
e centenas estão sendo indiciados. Não à criminalização e judicialização das
greves e lutas! Lutar não é crime!”, exclama o programa socialista.
portaljh
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