Brasil, 1970 e 1994. Itália, 1982 e 2006. Alemanha, 1990
e 2014. Vinte quatro anos de espera para brasileiros, italianos e, depois deste
domingo, alemães. Como um carma, o terceiro tetracampeão mundial de futebol
esperou 24 anos para levantar a taça da Copa do Mundo pela quarta vez.
A glória alemã veio depois de anos e anos de frustrações.
Em 1994, com base na geração campeã na Itália, quatro anos antes, a equipe caiu
nas quartas de final para a surpreendente Bulgária, liderada em campo por
Hristo Stoichkov. O placar de 2 a 1 frustrou um time experiente, liderado por
Lothar Matthaus e Jürgen Klinsmann.
Quatro anos depois, na França, mais uma surpresa barrou a
Alemanha, repleta de veteranos - incluindo Matthaus e Klinsmann. A Croácia
eliminou a equipe germânica com uma acachapante vitória por 3 a 0.
Na Coreia do Sul e Japão, com um time renovado, a
Alemanha chegou à decisão. Entretanto, sem destaque Michael Ballack - suspenso
em virtude de um cartão amarelo na semifinal -, a seleção comandada Rudi Voller
perdeu para o Brasil por 2 a 0, com dois gols de Ronaldo.
A chance da redenção veio em 2006, com o melhor cenário
possível: a Copa na própria Alemanha. Apresentando ao mundo jovens como Lahm e
Schweinsteiger - agora consagrados com o título deste domingo - e um futebol
envolvente, a equipe germânica parou na semifinal diante da Itália; vitória da
‘Azzurra' por 2 a 0, na prorrogação.
O futebol objetivo e de categoria evoluiu para 2010, na
África do Sul. Carregando o fardo de forte candidato ao título, o time alemão
parou novamente na semifinal, diante do maior algoz desta geração: a Espanha. O
jogo do ‘tiki-taka' impediu a glória germânica na decisão da Euro 2008 e também
no Mundial, em jogo no qual Puyol, de cabeça, decidiu.
Na última oportunidade desta geração de Lahm,
Schweinsteiger e Klose - agora o maior artilheiro da história das Copas com 16
gols -, fora o histórico favorável dos 24 anos entre o tri e o tetra de Brasil
e Itália, a Alemanha mostrou uma evolução ainda maior; influência do Bayern de
Munique de Pep Guardiola.
Para manter a tradição dos 24 anos, a vitória por 1 a 0
no Maracanã, com gol de um jogador que sequer era nascido no último título
alemão. Mario Gotze (1992) reescreveu a história de uma geração marcada pelos
fracassos. Duas décadas e quatro anos depois, a Alemanha voltou ao topo.
http://espn.uol.com.br/video/425283_a-historia-da-copa-das-copas-contada-em-2-minutos-e-275-fotos
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