A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à
Vice-Presidência da República Marina Silva aceitou ser cabeça de chapa da
coligação Unidos para o Brasil, em substituição ao ex-governador de
Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que morreu quarta-feira (13), em
acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. Hoje (15), o presidente do
PSB, Roberto Amaral, foi à casa de Marina para saber se ela autorizava uma
consulta ao partido sobre a candidatura dela ao cargo.
Segundo o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto
Albuquerque (RS), a ex-ministra aceitou que seja feita a consulta para saber se
o partido concorda com sua candidatura à Presidência da República em
substituição a Campos. Beto Albuquerque confirmou que Marina disse sim à
consulta e que aceita disputar a presidência pela coligação formada pelo PSB,
PPS, PPL, PRP, PHS, além da Rede Sustentabilidade, que ainda não tem registro.
O deputado, que está em São Paulo acompanhando os
trabalhos de identificação das vítimas do acidente aéreo de quarta-feira,
informou que foi à casa de Marina Silva na noite de ontem (14), para lhe dar um
abraço e conversar sobre a necessidade de uma releitura da campanha de Campos e
de ela adotar também o discurso que vinha sendo feito pelo ex-governador.
Para Albuquerque, não haverá dificuldade para que os
partidos da coligação aceitem a ex-ministra como cabeça de chapa.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse à Agência Brasil que
seu partido foi o primeiro da coligação a aconselhar que Marina fosse a
substituta de Campos na corrida eleitoral. “Marina Silva vai unir os partidos
da coligação", afirmou o parlamentar. Para ele, está havendo consenso em
torno do nome dela para a disputa. Quanto a um nome para ser o companheiro de
chapa de Marina, caso seja confirmada sua indicação, Freire acredita que “o PSB
reivindique o cargo”. O mais importante agora “é consolidar a candidatura de
Marina Silva à Presidência”, destacou.
A decisão final sobre quem substituirá Eduardo Campos na
disputa deverá ser tomada quarta-feira (20), em Brasília, durante reunião do
Diretório Nacional do PSB com deputados e senadores do partido e líderes da
legenda. A coligação Unidos para o Brasil tem até o dia 23 deste mês para informar à
Justiça Eleitoral o nome de seu novo candidato à Presidência da República.
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