O candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos
esteve em Natal, no dia 11 de julho, cumprindo agenda oficial já em campanha
eleitoral. Em entrevista exclusiva à TRIBUNA - concedida durante o
trajeto entre o Aeroporto Internacional Aluízio Alves até o Hotel Arituba -
Campos teceu duras críticas ao governo Dilma Rousseff e falou das
suas propostas de governo. O pessebista acusava a petista de se esconder pelo
viés do marketing político (“de que o país vai bem”), enquanto a economia
apresenta baixos índices de crescimento.
Questionado por que mereceria o voto do eleitor e sobre o que faria para consegui-lo, o ex-governador de Pernambuco afirmou: “Acho que
o Brasil deseja mudar, mas não mudar para o passado e sim para o futuro,
preservando as conquistas que produzimos na vida do país nos últimos anos”,
frisou.
Acrescentou que o Brasil também precisa superar a “política do
fisiologismo, do patrimonialismo e do baixo crescimento”, alertando para a
inflação que está de volta, para os juros altos e o caos que se estabelece no
setor elétrico.
Campos destacou ainda que iria, enquanto nordestino, voltar-se para as regiões
Norte e Nordeste - origem dele e da vice na chapa, Marina Silva -, como
plataforma de campanha. Para ele, o Nordeste - colégio eleitoral responsável
pela vitória da presidenta Dilma Rousseff nas eleições 2010 - “não recebeu a
atenção esperada e na mesma proporção dos votos que deu à presidente Dilma
durante a eleição passada”, enumerando obras inacabadas e a desaceleração do
crescimento econômico da região.
Entre as propostas apresentadas estava ainda a redução do número de Ministérios
- dos atuais 39 para cerca de 20 -, com adoção do sistema de
provimento de cargos por meritocracia e avaliação técnica, em vez da usual
indicação política, além de “reduzir o número de cargos comissionados, para
valorizar o servidor de carreira, e poder efetivamente dar espaço para liderar
processos”.
Apesar das críticas ao governo Dilma e reiterou que sua gestão
preservaria e aprimorar programas sociais do governo do PT, dos presidentes
Lula e Dilma, como o Bolsa Família, Prouni e o Minha Casa Minha Vida. “Não faço
aquela política do tempo antigo, onde um chegava e desmanchava o que o outro
estava fazendo só por uma questão politiqueira. O que tiver dando certo tem que
ser preservado”, disse.
tribunadonorte
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