Os diretores do Hospital da Mulher Maria Parteira, em
Mossoró, vão oficialmente entregar os cargos aos secretário estadual de Saúde
Luiz Roberto Fonseca, nesta segunda-feira, 22. A informação foi confirmada pelos diretores. Eles já não
suportam mais a carga exaustiva de trabalho.
O caos na obstetrícia começou em Mossoró com o fechamento
da Casa de Saúde Dix Sept Rosado, no dia 4 de agosto, por falta de estrutura
física na casa e o fim do contrato dos médicos (obstetras, pediatras e
anestesiologistas) com a Prefeitura de Mossoró. A demanda de cerca de 600 partos mês de Mossoró era
atendida 70% na CSDR e os outros 30% no Hospital da Mulher. Com o fechamento da
CSDR, toda a demanda, especialmente da massa mais carente, foi para o Hospital
da Mulher.
Mesmo com 50% dos partos sendo sendo drenados para outras
cidades, ainda assim ficou muito no Hospital da Mulher. No mes de agosto, o
direitor geral Inavan Lopes disse que foram feitos 299 partos, quase mil
atendimentos no geral. O diretor médico Manoel Nobre revelou que durante este
período já faleceram pelos menos três bebês que não tiveram onde nascer em
Mossoró. Demonstrou, durante audiência na Câmara Municipal ao meio dia de
sexta-feira passada, está exausto.
Dentro do Hospital da Mulher, conforme observou a
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB/Mossoró), Catarina Vitorino, a situação é de muito stress para as mulheres
que procuram o local para ter seus bebês e também para os servidores. Os diretores Josa Soares (administrativo), Inavan
Lopes (diretor geral) e Manoel Nobre (diretor médico) disseram que ficam nos
cargos até o secretário de saúde do Estado, Luiz Roberto Fonseca, designar
novos diretores.
Negociação
Nesta segunda-feira, 22, às 14h, os anestesiologistas vão
se reunir na sede do Centro de Anestesiologia de Mossoró para decidir se
aceitão ou não a proposta feita pela Prefeitura para eles retornarem as
cirurgias eletivas e também os partos na CSDR. A negociação com os pediatras e obstetras já estão concluída.
A Prefeitura está oferecendo R$ 1.900,00 por plantão de 12 horas e o pagamento
dos R$ 602 mil que está atrasado até o dia 10 de novembro. Talvez seja pago
antes. Extra-oficial, a informação que circula é que os
anestesiologistas são voltam com os contratos assinados e o dinheiro na conta.
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