Nova aposta da TV Globo,
a série Sexo e as negas, com data de
estreia prevista para o dia 16 deste mês, vem provocando polêmica. A ouvidoria
da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir) já registrou
sete denúncias de racismo pelo seriado. O órgão autuou a Rede Globo e pediu
informações detalhadas sobre a série. A autuação foi encaminhada ao Ministério
Público do Rio de Janeiro, onde o caso será avaliado.
O titular da Seppir, Carlos Alberto de Souza e Silva
Júnior, ressaltou a preocupação pelos estereótipos racistas. "A Ouvidoria
da Igualdade Racial vê com estranheza e preocupação qualquer tipo de
manifestação que reproduza estereótipos racistas, machistas, que se alicerce na
sexualidade das mulheres negras, ou venha a reforçar ideias de inferioridade
dessas mulheres, seja nas artes, no cinema ou nas telenovelas e seriados",
afirmou.
Na página pessoal do autor da série, Miguel Falabella contestou as críticas de
racismo que Sexo e as negas recebeu. "Como é que se
tem a pachorra de falar de preconceito, quando pré-julgam e formam imediatamente
um conceito rancoroso sobre algo que sequer viram? Sexo
e as negas não
tem nada de preconceito. Fala da luta de quatro mulheres que sonham, que buscam
um amor ideal. Elas podiam ser médicas e morar em Ipanema, mas não é esse meu
universo na essência, como autor", comentou ele no Facebook.
No site de relacionamentos, cerca de 20.000 pessoas organizam um boicote à nova
série da TV. Com o título "Boicote nacional ao programa Sexo
e as negas da
Rede Globo", a página diz que o programa seria desrespeitoso e que não
representaria a população.
Em comunicado oficial, a Rede Globo enviou nota em que Falabella explica o
conteúdo da série questionada. "É um seriado alegre, um seriado lúdico,
sobre quatro mulheres em busca do amor numa comunidade carioca." E continua:
"É um programa divertido, musical, alegre, com bons atores e um texto que
mais uma vez reafirma a minha crença no ser humano", disse o autor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário