As eleições brasileiras serão acompanhadas de perto por
autoridades eleitorais de 21 países e organismos internacionais. Hoje (3), 55
representantes estrangeiros estiveram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
onde conheceram a experiência eleitoral brasileira. Para alguns deles, as
eleições do Brasil estão entre as mais modernas, transparentes, rápidas e
eficientes do mundo.
Vice-presidente do Tribunal Eleitoral da República de
Camarões, Barrister Ebanga, informou estar interessado em entender o
funcionamento dos equipamentos eletrônicos do Brasil, que promove, com sucesso,
uma eleição envolvendo mais de 142 milhões de eleitores. “O que me impressiona
é que isso é feito com um processo incrivelmente moderno, rápido e
transparente”, disse Ebanga.
O camaronês explicou que, em seu país, há um cartão
eletrônico biométrico para registro de eleitores. “Mas ainda nos falta
adaptá-lo ao nosso sistema de votação. Por isso, estamos no Brasil. Queremos
fazer algo parecido", salientou.
Presidente da Comissão Eleitoral da Guiana, Stephen
Surujbally observou que, apesar do pequeno número de eleitores, o país tem
problemas similares aos de grandes eleitorados. “Pecisamos melhorar nosso
sistema. Encontros desse tipo, quando se pode trocar experiências, são muito
positivos, especialmente no que se refere ao combate de fraudes”, assinalou.
“Temos uma boa lei, mas há dificuldades para implementá-la. Acredito que, se o
Brasil consegue, nós também poderemos”, acrescentou Surujbally.
Com o objetivo de “extrair coisas positivas", o
ministro da Reforma Administrativa da Guiné Equatorial, Baltazar Eworo,
considera as eleições brasileiras de grande valia para todas as nações. “Em um
mundo cada vez mais globalizado e com sistemas avançados e eficientes de
comunicação, informação e biometria, há uma tendência de os países usarem
sistemas similares ao brasileiro [em suas eleições]”, afirmou. “Vamos levar
conosco essa experiência para nossas eleições, que ocorrerão daqui a dois
anos”, comentou.
Durante a visita das autoridades estrangeiras, coube ao
ministro aposentado Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e
do TSE, explicar o panorama atual e a história política do Brasil. O ministro
Henrique Neves, do TSE, falou sobre a organização das eleições.
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