A exemplo da ação implantada durante a Copa do Mundo, no
próximo domingo (5), primeiro turno das eleições, as forças de segurança
dos 26 estados e do Distrito Federal estarão interligados à Justiça Eleitoral.
O objetivo é evitar e combater práticas criminosas durante a votação. No Centro
Integrado de Comando e Controle Nacional, em Brasília, e nas 27 unidades da
Federação, agentes de segurança trocarão informações, em tempo real, assim como
ocorreu nos 32 dias de Copa nas 12 cidades-sedes do evento.
De acordo com a secretária Nacional de Justiça, Regina
Miki, o acompanhamento on line das eleições permitirá às forças de
segurança agir com rapidez no combate a eventuais delitos. “Precisamos entender
que as informações em tempo real possibilitam a agilidade. Se tivermos
informação de um crime, poderemos agir muito mais rápido, porque teremos isso on
line. Os dados também servirão para as próximas eleições, de modo a repeti-los
ou não no futuro”, disse a secretária.
Regina explicou que todas as unidades constituíram
comitês, formados por policiais civis e militares, além de representantes dos
tribunais regionais eleitorais. Eles repassarão para Brasília todas as
informações sobre o pleito. “Teremos condições de monitorar os crimes,
eleitorais ou não, e também, caso haja necessidade, a guarda das urnas.
Saberemos, por exemplo, se a urna abriu, se ela funcionou, se precisou ser
substituída e se, em algum local, teve votação manual. Enfim, todo processo
eleitoral será monitorado e passado, por meio de mapas e painéis, para
visualização mais fácil do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos profissionais
que acompanharão a eleição”, ressaltou.
Construído para a Copa do Mundo, o Centro Integrado de
Comando e Controle Nacional permite aos órgão de segurança monitorar os
acontecimentos em vários pontos do país. Além das imagens, transmitidas ao vivo
em um painel gigante, os agentes também podem trocar informações por telefone e
internet.
Conforme Regina Miki, a troca de informações facilitará a
comunicação com cidades de difícil acesso, principalmente na Região Norte.
“Temos municípios com dificuldades da transmissão de dados e informações. Por
isso, o sistema integrado facilitará a chegada dos dados ao TSE”, acrescentou. Secretário extraordinário de Segurança para Grandes
Eventos, Andrei Rodrigues assegura que a sociedade ganhará mais eficiência com
a interligação. “Ganhamos qualidade na informação, que chegará ao centro
nacional em tempo real, e controle de todo processo de segurança, que terá mais
eficiência e celeridade”. concluiu Andrei.
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