O Tribunal Regional Eleitoral aprovou a solicitação feita
por mais três zonas potiguares para o reforço da segurança com tropas federais
no segundo turno do pleito. No primeiro turno, 37 zonas potiguares contaram com
o Exército nas ruas no dia da eleição. Ontem a Corte aprovou o envio de tropas
para Jardim de Piranhas, Santo Antonio e Pau dos Ferros.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral,
desembargador Virgílio Macedo, explicou que o acréscimo dessas três zonas se
deve ao relato feito por juízes de que no primeiro turno ocorreram problemas
“sérios”. O magistrado observou que a cidade de Jardim de Piranhas é a terra
natal do candidato a vice da chapa União pela Mudança (do candidato Henrique
Alves), o deputado federal João Maia e na cidade há uma disputa muito acirrada
entre duas famílias. Já em Pau dos Ferros a notícia que chegou ao Tribunal é
que houve o assassinato de um militar, mas ainda não foi concluída a
investigação para saber se tem relação com o pleito. “Santo Antonio não houve
um fato extraordinário, mas foi um juiz da capital escolhido para ficar em
Santo Antonio e tradicionalmente a cidade já tem uma situação política muito
delicada”, observou.
O presidente do TRE confirmou que foi realizada esta semana uma reunião com os
juízes dos 49 municípios onde é usada a biometria. “A reunião foi no sentido de
orientar esses juízes para que eles disseminem a informação com aqueles que vão
trabalhar para melhor acelerar o processo da biometria e colocar as pessoas
mais destras para trabalhar”, destacou.
O presidente da Corte disse estar preocupado com a informação que foi postada
em redes sociais de que o TSE estaria orientando os Tribunais Regionais a fazer
troca das urnas. “Isso não é verdade. O TRE não vai substituir urna nenhuma,
serão as mesmas urnas eletrônicas do primeiro turno”, destacou.
PREPARAÇÃO
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Virgílio Macedo,
explicou que a fase de preparação para o segundo turno está concentrada nas
urnas eletrônicas, inserindo as mídias para o segundo turno.
“A fase que estamos agora é ultimando a consolidação do fechamento das urnas
para que elas já sejam encaminhadas e já começaram a ser distribuídas para as
zonas”, comentou. Ele disse que está faltando a distribuição na região
metropolitana.
O presidente do TRE destacou que a grande preocupação mesmo é saber usar a urna
eletrônica com a biometria. Ele lembrou o caso de uma seção na cidade de Santo
Antonio, que foi uma das duas no país onde a votação foi manual. “O que
preocupa mesmo é que as pessoas saibam usar e como proceder com a urna
eletrônica quando ela tiver um problema”, analisou.
O desembargador relatou que o episódio envolvendo a seção de Santo Antonio foi
com um servidor experiente do TRE e que optou pela votação de papel quando a
urna eletrônica apresentou o primeiro problema. “Para nós, do ponto de vista da
tecnologia, isso foi um equívoco imperdoável. O funcionário era bem treinado,
acredito que por ser o eleitor um delegado de polícia (que era quem deveria
votar quando a urna apresentou problema) ele foi logo para urna de papel”,
comentou.TN
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