Mais de dois meses depois de ter sido alvo dos holofotes
por ter supostamente agredido o árbitro Raphael Claus durante um clássico
contra o Santos, o meia Petros volta a ser pivô de uma confusão do Corinthians.
Pelo menos, na visão da Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
(STJD), que denunciou o clube na manhã desta terça-feira por uma suposta
escalação irregular do atleta na partida contra o Coritiba, válido pela 13ª
rodada do Brasileirão, uma antes do mesmo jogo contra o Peixe. A informação é
do portal “GloboEsporte.com”.
A entidade também denunciou a CBF e a Federação Paulista
de Futebol pois o erro de registro que teria beneficiado o Alvinegro também
teve participação destes órgãos, mas na esfera esportiva, apenas a equipe
paulista seria prejudicada. As três partes foram denunciadas no artigo 214
do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punição por
“incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente,
atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”.
A pena, no caso do Timão, seria a perda de três pontos pela escalação
irregular, mais um ponto conquistado naquele duelo, em que empatou fora de casa
por 0 a 0.
Entenda o caso:
O meia Petros chegou ao Corinthians após ter se destacado
pela Penapolense no Campeonato Paulista, mas pertencia ao Hortolândia, clube que
acertou seu empréstimo ao time da capital, até março de 2015. Como o jogador
ganhou a confiança de Mano Menezes e uma vaga no time titular, o Corinthians
agiu rápido e contratou o jogador em definitivo, até 2018. O novo vínculo, que
significou a rescisão do contrato de empréstimo, teve como data inicial o
dia 2 de agosto de 2014, um sábado, e Petros entrou em campo em Curitiba no dia
seguinte, domingo.
O suposto erro que a Procuradoria do STJD investiga
consiste no fato do contrato ter sido registrado um dia antes de sua vigência
oficial, no dia 1º, sexta-feira, o que inclusive permitiu ao jogador ter seu
nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF no mesmo dia.
Entretanto, o contrato, vigente a partir do então dia seguinte, supostamente não teria
validade naquela data. Dessa forma, como o registro por parte da CBF e da FPF
não pode ser realizado durante um final de semana, o novo vínculo de Petros só
poderia ser considerado válido a partir do dia 4 de agosto, a segunda-feira
seguinte.
O Corinthians tem o argumento de ter cumprido os dois
requisitos básicos para a escalação de um atleta no Brasileirão: ter um
contrato vigente com o jogador, e que o mesmo deve estar com seu nome publicado
no BID no dia da partida. A data para julgamento do caso ainda não foi
divulgada pela entidade.
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