O protesto de dirigentes comunitários de diversos
municípios potiguares contra o aumento considerado abusivo praticado a partir
de agosto pela Companhia Energética do RN (Cosern), supostamente incluindo na
fatura valores relativos ao ICMS dos últimos cinco anos, ganhou o aval da
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do RN (Fetarn).
“É revoltante. Nós não concordamos com a maneira como a
Cosern está fazendo isso [aplicando o aumento nas contas mensais de
energia]”, disparou o presidente da Federação, Manoel Cândido da Costa (foto), em
entrevista por telefone à Rádio Princesa do Vale, em Assú. O dirigente explicou que a concessionária deixou de
embutir na fatura o percentual correspondente ao ICMS desde 2009.
“Só agora quando o Estado faz uma vistoria nesses
repasses descobre que estava faltando uma coisa a ser cobrada”, disse. “Esse acúmulo desta diferença que a Cosern deixou de
cobrar o Estado quer receber todo de uma só vez”, completou.
Sob pressão, a companhia decidiu repassar aos usuários o
valor da conta. Manoel Cândido citou como exemplo a situação enfrentada
pelo Distrito Irrigado do Baixo-Açu (Diba), no perímetro irrigado Oswaldo
Amorim, no Vale do Açu. O Diba possuía uma conta de consumo de energia mensal
variável entre R$ 120 mil a R$ 140 mil.
Com o acréscimo instituído pela Cosern a fatura para a
organização que agrega os colonos do projeto irrigado chegou com um valor de R$
2 milhões. “Então, é impossível que isso aconteça. Não podemos
concordar com isso. Quero deixar claro que a nossa Federação também está
revoltada com isso”, reiterou o presidente da Fetarn. Ele disse que os dirigentes de associações rurais que
estão sendo surpreendidos com a questão procurem a entidade.
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