Operadores dos dois principais partidos do governo teriam
recebido ao menos R$ 200 milhões em propinas na Petrobras para viabilizar
contratos com empreiteiras. Conforme delatores do esquema de corrupção na
estatal, os pagamentos foram feitos ao ex-diretor de Serviços Renato Duque,
apontado como integrante do esquema do PT que teria como operador o tesoureiro
do partido, João Vaccari Neto, e a Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado
pela Polícia Federal como lobista do PMDB, que indicou Nestor Cerveró para a
diretoria da Petrobras.
Detalhes sobre o pagamento de suborno, que seria uma
pre-condição para obter obras na companhia petrolífera, foram revelados aos
investigadores da Operação Lava Jato pelos executivos Júlio Camargo e Augusto
Ribeiro, da Toyo Setal, em troca de eventual redução de pena. Nos depoimentos, eles revelam os valores e as empresas
usadas para o repasse do dinheiro aos dois investigados.
O relato do delator deu base à sétima fase da Lava Jato,
batizada de " Juízo Final", deflagrada sexta-feira, quando a cúpula
das maiores empreiteiras do País e o ex-diretor de Serviços e Engenharia da
Petrobras Renato Duque, indicado pelo PT, foram presos.
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