A presidenta da Petrobras, Graça Foster, confirmou hoje (18) que a empresa
holandesa SBM Offshore, com quem mantém contratos de locação de plataformas,
confessou ter pago propina a funcionários da estatal para conseguir contratos.
A empresa estrangeira, no entanto, não indicou quem subornou, tampouco os
valores da operação e não poderá mais participar de licitações da estatal,
destacou Graça Foster.
A Petrobras tinha instalado uma Comissão Interna de
Apuração para investigar a denúncia, à época em que surgiu, em fevereiro, e
incluiu viagens aos Estados Unidos e à Holanda. Porém, não conseguiu comprovar
ilegalidades. Hoje, em entrevista para justificar o adiamento da divulgação do
balanço contábil, a presidenta da Petrobras revelou que, após o término das investigações
internas se deparou com uma prova irrefutável do suborno.
“A presidenta recebeu uma ligação e uma carta, onde a SBM
dizia que recebeu informação do Ministério Público holandês sobre os tais
depósitos em contas na Suíça. De imediato, isso é uma prova avassaladora. É a
própria empresa dizendo que tem essa informação [do pagamento de propina]”,
disse o diretor de Exploração e Produção, José Formigli.
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