O acampamento do
Movimento dos Atingidos pela Barragem de Oiticica na área da obra completa uma
semana e não tem data para terminar. A manifestação, que impede a continuidade
do cronograma de obras, reivindica, dentre outras coisas, o pagamento das desapropriações.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (7), o governador Robinson Faria (PSD)
pediu o término do acampamento, mas a solicitação não foi atendida.
De acordo com o
articulador estadual do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos
Comunitários, José Procópio de Lucena, essa é a terceira manifestação em um
ano. “Mesmo sem o término desta manifestação, o governador se comprometeu a
manter o diálogo e a negociação com as famílias atingidas pela obra",
ressaltou. Procópio enfatizou que ninguém é contra a construção da barragem, e
que os moradores da região querem a garantia dos direitos sociais.
“Não há como ser
contra uma obra como esta, que vai trazer segurança hídrica para a região,
gerar emprego e renda, melhorias na agricultura e pecuária. A obra é magnífica,
um sonho. O que não podemos aceitar é o desrespeito do Estado com os direitos
sociais das pessoas atingidas”, afirmou.
Reivindicações
Dentre as reivindicações do
movimento estão a retomada imediata das negociações entre o movimento e o
governo estadual; a definição de desapropriação de área para construção do novo
cemitério de Barra de Santana; garantia financeira para as contrapartidas do
projeto geral da barragem e, em especial, para as questões sociais e a
homologação dos acordos com vistas às indenizações dos imóveis que serão
atingidos com a construção da barragem de Oiticica.
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