Ao deixar a presidência da Assembleia Legislativa,
Ricardo Motta volta as suas atividades normais, sem acumular as atribuições de
presidente. Numa conversa franca, com o fotógrafo e blogueiro Márlio Forte, o ex-presidente da AL mostrou-se tranquilo em
relação ao desfecho da eleição da Mesa Diretora: “Vejo isso com muita
naturalidade”. Sobre sua relação com Robinson Faria ele revela: “Fomos
deputados juntos, somos amigos”.
Márlio Forte – Como o senhor está vivenciando este
novo momento em sua carreira política?
Ricardo Motta – Com muita paz, serenidade e
tranquilidade. Eu sou político de sete legislaturas, faço parte de uma família
com tradição há mais de 60, 70 anos. Então vejo isso com muita naturalidade,
com superação, olhando para frente. Queremos ajudar o presidente Ezequiel
Ferreira, que foi eleito por todos os 24 deputados e com certeza estaremos de
mãos dadas para ajuda-lo na sua administração. Temos a convicção que o deputado
Ezequiel Ferreira será capaz de fazer uma grande administração na presidência
da Casa.
MF – Como está a relação do senhor com o governador
Robinson Faria?
RM – Fomos deputados juntos, somos amigos. Não o vi
mais desde o episódio da AL. Para mim é uma coisa superada, eu não sou
revanchista. As matérias que forem encaminhadas para cá serão debatidas, depois
de tramitadas nas comissões, veremos o que podemos fazer. Quero dizer uma coisa
a você: aqui ninguém faz oposição ao RN, o que vier para ajudar o Estado, os 24
deputados concordam para fazer com que a vida do povo do RN melhore.
MF – Está se formando um grupo de oposição na AL?
RM – A Assembleia, como todo parlamento, sempre teve
uma frente de oposição. É importante que tenha uma oposição e aqui são
deputados conscientes, aqui ninguém faz oposição ao RN, mas sim uma oposição
construtiva. Não com revanchismo, eu repito, mas vendo aquilo que podemos
corrigir e ajudar na melhoria da situação econômica do nosso Estado. Ajudar no
bem estar na população potiguar. O plenário vai aprovar essas matérias e
naquilo que por ventura existam divergências, teremos de apontar erros, mas não
só os erros, mas as possíveis soluções que venham ajudar ao governo, mas acima
de tudo ao Estado.
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