Música e dança aguçam a curiosidade para a sexualidade
por meio da coreografia e também da letra, que faz alusão não apenas ao ato
sexual, mas também à pedofilia: "Deixa, senta/ Menino não se esqueça/
Mexer com essa novinha/ Vai te dar dor de cabeça/ Deixa, deixa/ Mostrar como
ela faz/ Depois de alguns dias/ Tu vai tá pedindo mais”. O clipe, disponível no
YouTube, potencializa a exposição, acessível após uma simples busca na
internet. O vídeo tem milhões de acessos na web, no canal da cantora e em
gravações de fãs dançando. A performance aparece também em programas de
televisão e shows de outros artistas, como a cantora Anitta e a banda Aviões do
Forró.
Por mais que as famílias não costumem escutar músicas desse tipo em casa,
canções de duplo sentido ou que fazem apologia ao sexo e a um crime sexual
acabam chegando aos ouvidos de crianças e adolescentes, ainda em formação. Como
proceder? Deixar as crianças cantarem sem interferir (afinal, talvez isso acabe
atraindo mais atenção), dizer que não é legal e arriscar ouvir o tradicional
"por quê?", dando início a uma conversa sobre o assunto? Uma dúvida
que parece simples, muitas vezes se torna um dilema para pais e mães, na
legítima vontade de acertar e fazer o melhor possível na educação (também sexual)
de seus filhos.
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