Para justificar o aumento de impostos e as mudanças de
rumo na gestão econômica, a presidente Dilma Rousseff, em pronunciamento feito
neste domingo (08), alegou crise internacional e a seca nas regiões Nordeste e
Sudeste. De acordo com o deputado federal Felipe Maia (DEM), a chefe do
Executivo eximiu seu governo de responsabilidade e usou argumentos que não
convenceram a população. Resultado disso, segundo o parlamentar, foram os
buzinaços e panelaços em várias capitais do país.
“O povo esperava que a presidente fosse transparente e
apresentasse soluções à crise, dissesse como vai resolver o problema da
inflação, o endividamento das famílias, explicasse o aumento na conta de
energia em até 44% e os cortes que vai promover na educação e nos direitos
sociais dos trabalhadores. Mas o que aconteceu foi um discurso vazio e sem
proposições”, destacou.
Felipe Maia refutou a tese de prostração econômica do
Brasil em decorrência da crise internacional, apresentando dados de crescimento
dos países citados pela presidente no pronunciamento. De acordo com o deputado,
todos os países que estavam em crise tiveram crescimento maior que o Brasil. “A
China, por exemplo, cresce 14%, os Estados Unidos, 6%, a União Europeia 2%. E o
Brasil tem previsão de crescimento de -0,7%. O mundo inteiro voltou a crescer a
não ser o Brasil. Ou seja, não dá para usar crise global para justificar a
falência da condução econômica do atual governo”, disse.
A seca, outro argumento utilizado pela presidente para
explicar o aumento de impostos, foi criticada pelo parlamentar, já que ocorre
com frequência na região. “O que faltou foi planejamento. E agora o que se vê é
o PT cortando benefícios e investimentos. É o trabalhador pagando a conta da
falta de gestão do governo Dilma”, afirmou.
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