O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou nesta
quinta-feira na Câmara um pedido de impeachment da presidente Dilma
Rousseff. É a primeira vez que um parlamentar toma essa atitude na gestão da
petista. O documento afirma que a presidente “tem proporcionado a destruição do
Estado brasileiro” e cita episódios diversos, como o petrolão, o empréstimo para
a construção do Porto de Mariel, em Cuba, a suspeita de uso dos Correios na
campanha pela reeleição e as mentiras transformadas em estratégia eleitoral em
outubro passado.
“Independentemente da intenção, a denunciada comete crime
ao agir de modo temerário ou mesmo se por negligência, por exemplo, não for
capaz de governar com probidade, como tem demonstrado desde o início de sua
gestão”, diz o pedido.O texto menciona especificamente dois incisos da Lei
1.079/1950, que regula o processo de impeachment. Um estabelece como crime
de responsabilidade “servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata
para praticar abuso de poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem
repressão sua”. O outro fala em “não tornar efetiva a responsabilidade de seus
subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos
contrários à Constituição”.
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