Em visita à Bahia na largada para o segundo turno das
eleições presidenciais, a presidente Dilma Rousseff (PT) disparou: “Quero
saudar o novo vice-governador João Leão, o bonitão”. Aplausos e gargalhadas da
militância presente no ato. Cinco meses depois, o vice-governador da Bahia João Leão
(PP) –conhecido pela irreverência e por chamar todo interlocutor de bonitão ou
bonitona– saiu do centro das atenções do governo.
Desde que foi citado como investigado na operação Lava
Jato da Polícia Federal e reagiu afirmando à *Folha* que estava “cagando e
andando” para as denúncias, Leão não participou de nenhum ato público de
governo ao lado do governador Rui Costa (PT). Nas últimas três semanas, o vice-governador participou de
20 audiências internas e de apenas duas agendas externas, ambas sem o
governador: fez uma palestra numa universidade e visitou um antigo reduto
eleitoral.
O “sumiço”
contrasta com a até então atuação ativa do vice, que também é secretário de
Planejamento da Bahia. Até a divulgação da lista, ele participou de 18 eventos
públicos do governo, incluindo inaugurações em pelo menos sete cidades do
interior. Ex-deputado
federal por cinco mandatos, ele também vinha atuando como articulador político
do governo em Brasília –função que deixou de exercer.
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