A ex-governadora Rosalba Ciarlini Rosado não executou
quatro obras previstas para o sistema penitenciário do Rio Grande do Norte,
deixando de abrir 1.511 novas vagas, e por isso o Ministério Público Federal
(MPF) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP/RN) ingressaram com uma
ação de improbidade contra ela. Rosalba Ciarlini devolveu ao Departamento Penitenciário
Nacional (Depen) R$ 14,3 milhões em recursos federais, que deveriam ser
utilizados na construção de novas unidades prisionais e em obras de reforma e
ampliação, além de não ter executado outros dois projetos, de R$ 24,4 milhões.
No início de sua gestão, em 2011, a ex-governadora teve a oportunidade de
executar quatro obras para a melhoria do sistema penitenciário estadual
(construção da Cadeia Pública de Ceará-Mirim, construção da Cadeia Pública de
Macau, construção de unidade prisional em Lajes e reforma e ampliação da
Unidade Psiquiátrica de Custódia do Complexo Penal Dr. João Chaves, em Natal),
todas frutos de convênios assinados em administrações anteriores.
O MPF requer da Justiça a condenação da ex-governadora por improbidade, com
aplicação de sanções como a perda da eventual função pública que exerça,
suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar
com o poder público; além do ressarcimento dos danos causados ao Estado e à
União e o pagamento de indenização a título de dano moral coletivo.
A ação é assinada pelos procuradores da República Cibele Benevides, Kleber
Martins, Clarisier Azevedo, Victor Mariz, Fernando Rocha e Ilia Freire, e
também pelo promotor de Justiça Emanuel Dhayan Bezerra. Os representantes do
MPF e MP/RN apontam que “havia a potencialidade de criação de 1.511 novas vagas
para internos do sistema penitenciário estadual. No entanto, por absoluta
inação, nenhuma delas foi criada, tendo havido a devolução de milhões de reais
em verbas federais, além de ter sido frustrada a liberação de outros milhões”.
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