Em nota, o dirigente petista afirmou que a senadora
recusou-se sucessivas vezes a dialogar com a sigla e formalizou a sua
desfiliação "movida unicamente por interesses eleitorais e desmedido
personalismo". "O PT nunca cerceou as atividades partidárias ou
parlamentares da atual senadora, ao contrário disso, ela foi sucessivamente
prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da militância e das direções",
ressaltou. Segundo ele, no caso dela, os "projetos
pessoais" e as "conveniências do oportunismo eleitoral" não
podem se sobrepor "aos projetos coletivos".
A senadora, que deve se filiar ao PSB no final de junho
para disputar a prefeitura de São Paulo, deixou o PT com críticas ao comando
nacional do partido. Segundo ela, a legenda tem sido protagonista "de um
dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já
experimentou".
No mesmo dia do anúncio da saída, o presidente do PT em
São Paulo já havia avisado ao comando nacional do partido que reivindicaria o
mandato na Justiça Eleitoral. O líder do PT no Senado Federal, Humberto Costa (PE),
informou também que indicará novos nomes para o lugar da senadora nas comissões
parlamentares da Casa Legislativa. Como indicada do bloco de apoio ao governo federal, ela é
titular de quatro comissões parlamentares, entre elas a CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) e a CDH (Comissão de Direitos Humanos).
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